MANUAL DE RISCOS DE ENGENHARIA

ÍNDICE

Tópicos do Manual de Riscos de Engenharia Página
1. Declaração de Inexistência de Sinistros 3
2. Pacote Diferenciado de Coberturas 4
3. Pacote Padrão de Coberturas 5
4. Produto Caixa Construção – Informações Para Prorrogação 6
5. Definições dos Termos Utilizados nos Seguros de Riscos de Engenharia 8
6. Ficha De Informações 30
7. Pedido de Inspeções de Riscos de Engenharia 30
8. Definições de Elementos da Construção Civil 31

Declaração de Inexistência de Sinistros

Papel Timbrado da Construtora

…………………………………………………………………

Local e Data

À

CAIXA SEGURADORA S/A

Fax: (061) 3424-1526

Assunto: Seguro Riscos de Engenharia

Ref.: Empreendimento: …………………………………………………………..

1          Informamos que o empreendimento supra citado encontra-se com _________ (percentual de obra já construído), não tendo apresentado até a presente data qualquer sinistro inerente aos serviços de engenharia.

Atenciosamente

 

______________________________________________

Assinatura do responsável Legal (sob carimbo)

Nome da Construtora:

Pacote Diferenciado de Coberturas

Coberturas

Limite Máximo de Indenização por Cobertura – % Limite Máximo de Indenização – R$

Cobertura Básica

100% do Valor Total da Obras

Instalações Provisórias

Até 10% do Limite Máximo de Indenização Cobertura Básica, limitado a R$ 500.000,00

Erro de Projeto (Danos Indiretos)

De 10% Até 100% do Valor das Obras Civis

Manutenção Simples (6 e 12 meses)

Manutenção Ampla (6 e 12 meses)

Até 100% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica
Equipamentos Móveis e Estacionários utilizados na obra Limitado ao máximo de R$ 500.000,00.
Responsabilidade Civil Geral e Cruzada Até o limite de 50% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica, limitado ao valor máximo de R$ 4.000.000,00.
Propriedades Circunvizinhas Até o limite de 50% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica, limitado ao valor máximo de  R$ 4.000.000,00.
Risco do Fabricante (Danos Indiretos) Até 100% do valor de Instalação/Montagem, limitado ao máximo de R$ 1.000.000,00, discriminando-se o valor de cada equipamento.
Tumultos, Greves e “Lock-Out”. Acima de 5% e até o máximo de 10% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica

Despesas Extraordinárias

Acima de 5% e até o máximo de 10% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica

Despesas com Desentulho

Acima de 5% e até o máximo de 10% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica
Obras Concluídas Até 20,00% da Cobertura Básica
Equipamentos de Escritório Acima de R$ 5.000,00 Até o limite de R$ 200.000,00
Equipamentos Eletrônicos Acima de R$ 15.000,00 Até o Limite de R$ 200.000,00
Danos Morais (decorrentes de RC Geral) 20% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura RCGC, limitado ao máximo de R$ 500.000,00.
Lucros Cessantes (decorrentes de RC Geral) 20% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura RCGC, limitado ao máximo de R$ 250.000,00
Risco de Poluição Súbita e Acidental 20% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura RCGC, limitado ao máximo de R$ 250.000,00
Responsabilidade Civil do Empregador 20% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura RCGC, limitado ao máximo de R$ 250.000,00.
Danos Morais (decorrente de RC do Empregador) Até 100% da Importância Segurada da cobertura de RC do Empregador.
Stand de vendas até 3 meses antes do início da Obra Limitado ao máximo de R$ 500.000,00
Transporte de Materiais de Revestimentos a serem Incorporados à Obra Limitado ao máximo de R$ 250.000,00

Ferramentas de Pequeno e Médio Porte

Até 5% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica, com limite máximo de R$ 200.000,00.

Pacote Padrão de Coberturas

Coberturas

Limite Máximo de Indenização por Cobertura – % Limite Máximo de Indenização  - R$
Cobertura Básica 100% do Valor Total da Obras

Instalações Provisórias

Até 10% do Limite Máximo de Indenização Cobertura Básica, limitado a R$ 500.000,00

Erro de Projeto (Danos Indiretos)

Até 10% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica

Despesas Extraordinárias

Até 5% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica

Despesas com Desentulho

Até 5% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica

Tumultos, Greves e “Lock-Out”.

Até 5% do Limite Máximo de Indenização da Cobertura Básica

Despesas de Salvamento e Contenção de Sinistros

R$ 50.000,00

RC Geral e Cruzada sem Fundações

R$ 50.000,00

Produto Caixa Construção – Informações Para Prorrogação

DADOS DO SEGURADO
RAMO MODALIDADE
RISCOS DE ENGENHARIA OCC – PRODUTO CAIXA CONSTRUÇÃO
SEGURADO
OBRA
APÓLICE Nº
PRAZO ORIGINAL DA OBRA VIGÊNCIA ORIGINAL DO SEGURO
DE _____/_____/______ A _____/_____/______ DE _____/_____/______ A _____/_____/______
PRAZO DE PRORROGAÇÃO SOLICITADO VALOR EM RISCO PARA A PRORROGAÇÃO:
DE _____/_____/______ A _____/_____/______
DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA A SER ANEXADA:
 

1. COTAÇÃO EFETUADA;

2. CRONOGRAMA FÍSICO E FÍSICO FINANCEIRO ATUALIZADO ATÉ A DATA DO PEDIDO, COM DATAS DE INÍCIO E FIM DAS OBRAS E RELAÇÃO DOS SERVIÇOS A EXECUTAR E RELATÓRIO DE PROGRESSO DO QUE JÁ FOI EXECUTADO;

3. DECLARAÇÃO DE SINISTRALIDADE ATUALIZADA ATÉ A DATA DO PEDIDO;

4. CARTA COM JUSTIFICATIVA DA NECESSIDADE DE PRORROGAÇÃO (ESCLARECER QUALQUER ALTERAÇÃO NO VALOR EM RISCO, SE HOUVER);

5. ADITIVO CONTRATUAL (CASO NÃO HAJA, FAVOR JUSTIFICAR NO CAMPO ANOTAÇÕES ABAIXO);

ANOTAÇÕES
DATA NOME E ASSINATURA DO SEGURADO (RESPONSÁVEL TÉCNICO OU REPRESENTATE LEGAL)

 

Definições dos Termos Utilizados no Seguro de Riscos de Engenharia

Acidente

Acontecimento que deriva de causa súbita, imprevista e ocasional, que provoca danos físicos às coisas seguradas de modo a exigir que sejam reparadas, reconstruídas ou repostas.

Aditivo Contratual

Documento integrante do Contrato da obra, utilizado para manifestar o de acordo e/ou solicitação do Contratante quanto a alterações a serem realizadas no referido Contrato.

Afretamento de Aeronaves  / Frete Aéreo

Garantia das despesas de afretamento de aeronaves e frete aéreo, limitada a utilização ao espaço aéreo do território brasileiro, realizadas em decorrência de sinistro garantido pela Apólice.

Apólice

Documento que reduz a escrito o acordo de vontades entre Seguradora e Segurado; a ele se agregam a proposta, a ficha de informações e outros documentos que deram origem à contratação, além de eventuais endossos.

Armazenagem Fora do Canteiro de Obras ou Local do Risco

Esta garantia se estenderá para danos físicos provocados por eventos da natureza, incêndio e roubo, às coisas seguradas armazenadas fora do canteiro de obras ou local de risco, conforme Especificação da Apólice.

Com relação à cobertura de Roubo, eventos em locais de ocorrência distantes mais de um quilômetro entre si, ou com datas de ocorrência diferentes, serão considerados eventos separados. O Boletim de Ocorrência oficial apenas poderá ser considerado, para fins de comprovação de sinistros, se corresponder a estas pré-condições, ou seja, para eventos distintos deverão ser emitidos Boletins de Ocorrência separados por dia e local.

Somente estarão garantidas pelo seguro as coisas previamente discriminadas, com listagens entregues à Seguradora por ocasião da contratação desta cláusula.

No caso de Incêndio/Alagamento a  Seguradora não indenizará o Segurado por perdas ou danos causados pela inobservância das medidas de prevenção de danos, adequadas para unidades de armazenagem, ou seja, edifícios, prédios ou depósitos. Tais medidas incluem, em particular, e com relação ao risco de incêndio/alagamento relacionados a seguir:

a. assegurar que a área de armazenagem esteja fechada (ou em um prédio ou pelo menos, cercada), com vigilância de 24 horas, protegida contra incêndio, como for apropriado para o local particular ou tipo das coisas armazenadas;

b. separar as unidades armazenadas por paredes e portas corta-fogo ou por uma distância de pelo menos 50 (cinqüenta) metros;

c. construir as unidades de armazenagem em local sem registro de alagamento ou inundação no Período de Recorrência, considerando anos hidrológicos completos, estipulado na Especificação;

d. limitar o valor por unidade de armazenagem, conforme definido na Especificação da Apólice.

Com relação ao risco de roubo, também sob pena de perda do direito à indenização, deverão ser tomadas as seguintes medidas:

a. manter vigilância treinada e equipada, 24 horas por dia, 7 dias por semana;

b. instalar botão de pânico para acionamento imediato da polícia em caso de emergência;

c. instalar alarme com sensor de presença (infravermelho) com monitoramento externo por empresa de segurança patrimonial especializada, no que se refere aos locais de estocagem de máquinas, equipamentos e cabos.

Aviso de sinistro

Comunicação da ocorrência de sinistro, ou de evento que possa resultar em tal, que o Segurado é obrigado a fazer à Seguradora, assim que dele tiver conhecimento.

Canteiro de obras

Conjunto de instalações provisórias e/ou permanentes de propriedade e/ou uso do contratado, conjunto este necessário à execução das obras objeto do escopo do seguro.  O canteiro de obras poderá estar dentro ou fora do local do risco. O canteiro de obras não inclui as fábricas e instalações dos fabricantes e fornecedores.

Certificado de Aceitação Provisória (CAP)

Documento emitido pela contratante, ao final da fase de comissionamento de cada uma das etapas do empreendimento para instalação e montagem de equipamentos e testes de confiabilidade para obras civis, por intermédio do qual a contratante recebe provisoriamente as mencionadas parcelas do empreendimento, assumindo seu controle e operação.

Certificado de Aceitação Final (CAF)

Documento emitido pela contratante, ao final do período de garantia, referente a cada CAP, por intermédio do qual a contratante recebe em definitivo as parcelas do empreendimento.

Características Da Obra

Tipo de construção:

  • Nova – Construções realizadas desde a implantação do canteiro.
  • Reforma com ampliação – Modificações a serem realizadas na edificação e/ou máquinas e/ou instalações existentes com ampliação em termos de área, e/ou capacidade
  • Reforma sem ampliação – Modificações a serem realizadas na edificação e/ou máquinas sem ampliação em termos de área, e/ou capacidade
  • Reforma com redução – Demolições e/ou Desativações e/ou Modificações a serem realizadas na edificação e/ou máquinas e/ou instalações existentes com redução em termos de área, e/ou capacidade
  • Reforço Estrutural – Modificações a serem implementadas em contenções de terreno, fundações, lajes, pilares, vigas com o intuito de reforço com o aumento e/ou adequação de sua capacidade de carga, face à ocorrência de colapsos na estruturas original ou aumento de pavimentos ou da demanda de máquinas e instalações.

Carta com Justificativa da Necessidade de Prorrogação

Essa carta deverá conter informações quanto aos motivos que deram origem a necessidade de prorrogação do prazo da obra, com explicações que justifiquem a alteração do Cronograma Físico- Financeiro.

Coberturas

Garantia contra danos físicos, provenientes de riscos amparados pelo contrato de seguro(apólice).

Cobertura Básica

Garantia do interesse legítimo do Segurado contra danos físicos decorrentes de acidentes ocorridos no local do risco ou canteiro de obras durante a vigência da Apólice e causados às coisas descritas nos documentos que deram origem ao Valor em Risco Declarado pelo Segurado, por qualquer causa, com exceção dos riscos excluídos pelo  contrato de seguro (apólice). Para efeitos da garantia concedida pela Apólice, o mencionado interesse legítimo do Segurado fica adstrito ao reparo ou, sendo ele inviável, à reposição da coisa segurada.

Em termos de Obras Civis em Construção a Cobertura Básica essa garantia abrange acidentes de causa súbita e imprevista no canteiro de obras, tais como:

  • Danos resultantes dos riscos chamados “força maior” ou danos da natureza, aí compreendidos: Ventos, tempestade, furacão, maremotos e inundações por ressaca do mar, Subida do nível de água e inundação.
  • Desabamento do terreno, desmoronamento de terra, queda de rochas
  • Raio, gelo e geadas.
  • Incêndio e explosão
  • Roubo e furto qualificado
  • Danos indiretos causados pelo emprego de material defeituoso ou inadequado
  • Idem, por falhas / erros na construção
  • Desmoronamento de estruturas, exceto se em conseqüência de Erro de Projeto

Em termos de Instalação e Montagem a Cobertura Básica essa garantia abrange acidentes de causa súbita e imprevista no canteiro de obras, tais como:

  • Danos acidentais decorrentes de erro de montagem
  • Idem, por imperícia, negligência, imprudência, sabotagem, falta de experiência e atos maliciosos
  • Queda de objetos sobre equipamentos
  • Incêndio, raio, explosão, queda de aeronave, água ou outras medidas de combate a incêndio
  • Quebras provocadas por força centrífuga, excesso de pressão ou vácuo
  • Curto circuito, formação de arcos voltaicos e similares
  • Danos conseqüentes de fenômenos naturais, tais como:
  • Tremor de terra, terremoto
  • Tempestade, ciclone, furacão e vendaval
  • Alagamento, inundação, enchente, chuva, avalanche, vagalhões de maremotos
  • Aluimento do terreno, deslizamento de terra ou rocha
  • Quaisquer outros acontecimentos súbitos e imprevisíveis, como perdas devidas a desabamentos, corpos estranhos, acidentes oriundos do transporte interno dos bens segurados dentro do local do seguro

Coberturas Adicionais

Para a contratação das Coberturas Adicionais devem ser observados as Cláusulas específicas de exigências de seguros e Responsabilidade por Danos do Contrato firmado entre o Contratante e a Contratada ou consórcio constituído.

A seguir estão descritas resumidamente as Coberturas Adicionais principais.

  • Afretamento de Aeronaves

Complementar a Cobertura de Despesas Extraordinárias,  possibilitando o afretamento de transporte aéreo (Nacional) para abreviar a reparação de eventual sinistro.

  • Desentulho

Despesa de Desentulho necessárias à reparação de sinistros indenizáveis pela apólice.

  • Despesas Extraordinárias

Garante o reembolso dos custos de caráter extraordinário eventualmente necessários para evitar atrasos no cronograma original da obra, em conseqüência de sinistro coberto pela apólice, atuando em complemento a indenização da Cobertura Básica e constituindo-se em gastos representados por: horas extras, afretamento nacional, excluído o de aeronaves.

  • Equipamentos Móveis e Estacionários

Danos ou avarias causados aos equipamentos móveis e estacionários de propriedade do segurado ou sob sua responsabilidade envolvidos na execução do projeto.Trata-se de equipamentos exclusivos de apoio a obra, não sendo incorporados aos bens em construção e montagem.

  • Erro de Projeto (Obras Civis)

Danos Indiretos conseqüentes de acidente determinado pela eventual incidência de um erro de projeto na obra.

O bem ou parte da obra causadora do sinistro e onde verificou-se o erro de projeto permanece, em qualquer hipótese, excluída da cobertura.

  • Manutenção

Aplica-se aos casos de existência de cláusula de manutenção no contrato de execução da obra, obrigando-se a empreiteira a permanecer prestando serviços no local posteriormente à conclusão dos trabalhos de construção ou montagem. Normalmente o período de vigência desta cobertura é de 6 a 12 meses, estando excluídos os danos causados direta ou indiretamente por incêndio e explosão.

  • Simples: Danos materiais causados pelo empreiteiro no curso dos serviços prestados pelo mesmo durante o período subseqüente à entrega da obra.
  • Ampla: Além das garantias da Manutenção Simples, cobre os danos verificados durante o período de manutenção, porém conseqüentes de ocorrências havidas no canteiro durante o período segurado da obra.
  • Garantia: Além das garantias da Manutenção Simples e Ampla, cobre os danos verificados durante o período de manutenção, porém conseqüentes de erro de projeto, defeito de fabricação ou de material que seja de responsabilidade do Segurado, por força do contrato de venda ou fornecimento. Exclui-se sempre os custos necessários a eliminação dos erros ou defeitos nos próprios bens de origem.
  • Obras Concluídas

Mantém a cobertura da apólice, por prazo definido, a setores da obra que são concluídos antecipadamente e passam a ser utilizados como apoio a mesma.

  • Propriedades Circunvizinhas

Fundamenta-se na extensão da cobertura da apólice aos bens de propriedade do Segurado (maquinismos e/ou instalações prediais), existentes no local a ser executada a obra, que são suscetíveis a danos oriundos dos serviços de obras civis e/ou instalação e montagem.

  • Riscos de Fabricante (Instalação e Montagem)

Destinada aos itens relacionados à Instalação e Montagem, estendendo o escopo da Cobertura Básica aos danos indiretos decorrentes de acidentes ocasionados por erro de projeto, defeito de material ou de fabricação, tanto na fase de montagem como na de testes. A filosofia desta cobertura é garantir os danos ocasionados a outros equipamentos e demais partes da obra pelo bem defeituoso, ficando o próprio bem sob a responsabilidade do fabricante no que se refere a sua reposição ou reparo.

De especial interesse quando o fabricante / projetista ou fornecedor dos equipamentos também for responsável pela sua montagem.

  • Tumultos

Danos materiais conseqüentes de tumultos, definido como a ação de pessoas com características de aglomeração e que perturbem a ordem pública através de atos predatórios, para cuja repressão não haja necessidade da intervenção das Forças Armadas.

Colocação em uso para obras civis

No caso de obras civis, a colocação em uso se dará, mesmo que individualmente, quando a estrutura for utilizada e/ou submetida às condições, ainda que parciais, para as quais foi projetada.

Comissionamento

É o conjunto de atividades, testes e ensaios, destinado à averiguação de funcionamento das máquinas, equipamentos e/ou sistemas.

Contrato da Obra

Documento firmado entre o Contratante e o Contratado que estabelece as condições e clausulas das obrigações da partes, para o pro0cesso de execução e entrega dos serviços da obra.

Cronograma de eventos

É o cronograma do projeto, contendo os eventos físicos da execução das obras, serviços e fornecimentos do empreendimento.

Cronograma físico-financeiro

É a representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem executados ao longo do tempo de duração da obra, demonstrando, em cada período, o percentual físico a ser executado e o respectivo valor financeiro despendido.

Cotação

Proposta da seguradora ao segurado, contendo as condições estabelecidas para a garantia do empreendimento.

Dados do Segurado

  • Razão Social :

Nome do segurado registrado no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), entendendo-se como segurado a empresa contratada responsável pelo serviço, constante do Contrato celebrado com o Contratante.

  • CNPJ – relacionar o número no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ)
  • Atividade Principal desenvolvida:

Principal serviço sob a responsabilidade do Segurado

Dados da Obra

  • Nome do empreendimento: Nome estabelecido para o empreendimento que é o objetivo da obra, tais como, Condomínio XYZ, Barragem do Rio XWZ, etc….
  • Endereço do risco: Localização do Canteiro da obra ou Canteiros da obra, ou seja da área onde está sendo realizada a obra. Local no qual o Segurado executa o trabalho que motivou a contratação do seguro, incluindo o canteiro de obras somente se constar da Especificação da Apólice. O local do risco abrange as vias internas de circulação, quando tais vias forem de uso exclusivo do Segurado e desde que façam parte do Valor em Risco Declarado. O local do risco não inclui as fábricas e instalações dos fabricantes e fornecedores.
  • Construtora Responsável: Empresa responsável pela execução do serviço perante o Contratante e/ou perante o Órgão de Classe do tipo de serviços a ser realizada , ou seja CREA, CRQ, e outros.
  • Responsável Técnico: Profissional responsável pela execução dos serviços perante a Construtora e perante o Órgão de Classe do tipo de serviços a ser realizado , ou seja CREA, CRQ, e outros.
  • Quantidade prevista de empreiteiros: Quantidade de empresas contratadas ou sub-contratadas para a realização da obra, segundo os serviços pertinentes a cada uma.
  • Recursos para Execução da Obra; Origem dos recursos financeiros aplicados para a execução dos serviços referentes à obra.

Dano corporal

Lesão física causada ao corpo humano.

Dano físico

É aquele que atinge a propriedade tangível (coisas/bens).

Declaração de Sinistralidade Atualizada Até a Data do Pedido;

Carta assinada pelo segurado declarando a não ocorrencia de sinistros no período  considerado (seguro novo, período de prorrogação, aumento de valor em risco, alteração de projeto e similares)

Descrição Sumária da Obras e dos Serviços a serem Realizados

  • Número de Edificações – Quantidade de edifícios a serem construídos
  • Número Total de Pavimentos – Quantidade de pavimentos a serem construídos, especificando a quantidade acima do nível do terreno onde se situam e os abaixo do terreno onde se situam – subsolos.
  • Subsolo Único para Todo o Empreendimento: O subsolo será construído de forma a se situar abaixo de uma edificação, ou mais edificações e se nesse último caso, quais edificações .
  • Área do Terreno – Metragem quadrada total do terreno destinado à realização da obra, conforme projeto apresentado e aprovado pela Prefeitura da cidade onde se localiza.
  • Área ConstruídaMetragem quadrada total , ou seja, de todos os pavimentos e subsolos das edificações a serem construídas.
  • Área do maior pavimento – Metragem quadrada total do pavimento ou subsolo de maiores dimensões.
  • Prazo da Obra – Quantidade de meses para a realização dos serviços pertinentes à obra, segundo o Contrato celebrado entre a Contratante e o Contratado.
  • Data de Início e de Término : Indicar a data de início da obra e de término da obra, que deverão constar do Cronograma Físico-Financeiro. A data de início normalmente é determinada pela autorização formal de início dos serviços, fornecido pelo Contratante ao Contratado, por meio de Ordem de serviços (OS), e o término é definido como a data de início de operação do empreendimento ou de emissão do Certificado de Aceitação Provisória (CAP), a ser fornecido pelo Contratante ao Contratado.
  • Percentual de Realização da Obra – Percentual obtido pela divisão entre o total de serviços realizados e o total geral do serviços, podendo ser expresso em realização física ou desembolso financeiro, ou seja, o percentual do que já foi alocado na obra.
  • Valor Total da Obra – Valor apurado por ocasião do sinistro, obedecidos aos critérios da definição para “Valor em Risco Declarado”, ou seja, como se a obra civil e a instalação/montagem já estivessem concluídas na data do evento.

Despesas de Desentulho

Entende-se por entulho a acumulação de escombros resultantes de partes danificadas da coisa segurada, ou de material estranho a esta, como, por exemplo, aluviões de terra, rocha, lama, água, árvores, plantas e outros detritos. A remoção de que trata esta Cláusula poderá estar representada por bombeamento, escavações, desmontagens, desmantelamentos, raspagens, escoramentos e até simples limpeza.

Esta garantia se estende as despesas de desentulho necessárias à reparação ou reposição da coisa segurada afetada por danos físicos acidentais garantidos pela Apólice, abrangendo tais despesas a remoção do entulho, o carregamento, o transporte e o descarregamento em local adequado.

Despesas Extraordinárias

Esta garantia se estende ao custo adicional das horas extras como também as despesas extraordinárias resultantes de frete expresso ou afretamento para transportes nacionais (excluído o afretamento de aeronaves e/ou frete aéreo), necessários quando da época da ocorrência de um sinistro, até o Limite Máximo de Garantia da Cobertura fixado na Especificação da Apólice, desde que tais despesas decorram de sinistros garantidos por esta Apólice.

Equipamentos Móveis e Estacionários Utilizados na Obra

Essa garantia se estende aos danos físicos acidentais de causa externa nos equipamentos móveis ou estacionários utilizados na obra, durante a vigência da Apólice e relacionados na Especificação da mesma ou a ela juntada, com sua identificação (marca, modelo, ano de fabricação e valor de reposição unitário) obedecidas todas as condições estipuladas nesta Apólice, excluindo-se, porém, da cobertura, qualquer defeito ou desarranjo mecânico ou elétrico e suas conseqüências ao próprio equipamento segurado, assim como quaisquer acidentes ocorridos fora do canteiro de obras ou local do risco.

Os danos físicos causados por alagamento e inundação somente estarão amparados pelo seguro caso os equipamentos móveis ou estacionários, após a execução dos trabalhos ou se ocorrer interrupção da obra, sejam mantidos em área sem registros de alagamento ou inundação com Período de Recorrência superior a 25 anos, considerando anos hidrológicos completos.

O Limite Máximo de Garantia de cada item segurado deverá corresponder ao valor atual da coisa segurada, entendendo-se como tal o valor da coisa no estado de novo, a preços correntes na data imediatamente anterior à ocorrência do sinistro, deduzida a depreciação atribuível ao uso, idade e estado de conservação, e incluídas nesse valor as parcelas de frete, impostos, emolumentos, despesas aduaneiras e custos de montagem, se houver.

A indenização dos prejuízos corresponde ao custo dos reparos necessários para restabelecer a coisa sinistrada no mesmo estado em que se encontrava imediatamente antes da ocorrência do sinistro, deduzido o valor dos salvados. A Seguradora também indenizará o custo de desmontagem e remontagem que se fizer necessário para a efetuação dos reparos, assim como as despesas normais de transportes de ida e volta de oficina de reparos e despesas aduaneiras, se houver. Se os reparos forem executados na oficina do próprio Segurado, a Seguradora indenizará o custo de material e mão-de-obra decorrente dos reparos e mais uma percentagem razoável das despesas de overhead. A Seguradora não fará qualquer redução da indenização, a título de depreciação, com relação às partes substituídas, entendendo-se porém que o valor dos salvados deverá ser devidamente deduzido.

No caso de perda total – o valor atual da coisa sinistrada imediatamente antes da ocorrência do sinistro, calculando-se tal valor atual  mediante dedução da depreciação cabível do valor de reposição  da coisa sinistrada, deduzido o valor dos salvados. A Seguradora também indenizará as despesas aduaneiras, se houver, as despesas normais de transportes e de montagem, assim como as despesas normais de desmontagem das coisas destruídas, porém o valor dos salvados deverá ser devidamente deduzido.

Endosso

Documento por meio do qual a Seguradora introduz alterações na Apólice.

Entulho

Acumulação de escombros resultantes de partes danificadas das coisas seguradas e de materiais estranhos.

Erro de Projeto Para Obras Civis

Erro de concepção, caracterizado como desobediência ao estado da arte ou ao nível de conhecimento científico prevalecente na data em que o projeto foi concebido.

Este cobertura se estenderá para garantir danos físicos acidentais, ocorridos no local do risco ou canteiro de obras durante a vigência da Apólice, conseqüentes de erro de projeto às obras civis já construídas ou em construção, excluindo os custos que seriam suportados pelo Segurado para retificar o defeito original, incluindo o transporte, os tributos e despesas afins, se este defeito tivesse sido descoberto antes do sinistro.

Esta cobertura adicional não se aplica às máquinas e equipamentos em montagem.

Especificação da Apólice

Documento que reúne conjunto de informações sobre o seguro contratado, tais como: proprietário, empreiteiro(s), locais de risco, descrição dos itens segurados, valores segurados, prêmios, franquias, vigência do seguro, prazo da obra, período de manutenção, enumeração de cláusulas aplicáveis, entre outros.

Evento

Cada manifestação de dano físico à coisa segurada.

Ficha de informações

Documento que acompanha a proposta de seguro, do qual constam outros dados relevantes à análise do risco e ao qual estão anexos documentos inerentes ao empreendimento que dá origem à contratação do seguro.

Franquia dedutível

Valor consignado na Especificação da Apólice, que torna suscetíveis de indenização apenas os prejuízos indenizáveis que o excederem.

Furto qualificado

Ato de subtração de coisas seguradas, configurando-se como qualificado, para os efeitos deste seguro, exclusivamente o furto cometido com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa e que deixe sinais inequívocos de sua ocorrência.

Furto simples

Ato furtivo de subtração de coisas seguradas, sem violência ou ameaça de violência à pessoa ou destruição ou rompimento de obstáculo.

Honorários de Peritos

Garantia das quantias despendidas com honorários de serviços profissionais prestados por arquitetos, engenheiros, peritos, consultores, com exceção de advogados, necessárias e devidamente incorridas para a análise e investigação da causa, natureza e extensão dos danos físicos garantidos por esta Apólice, até o Limite Máximo de Garantia constante em sua Especificação.

Esta cláusula não garante qualquer tipo de honorários incorridos com profissionais, nos termos do parágrafo anterior, que visem à preparação de defesa ou quaisquer outros tipos de argumentação, de natureza judicial ou não, contra a Seguradora ou seus interesses.

A fixação dos honorários deverá ser feita em consonância com os valores usualmente praticados no mercado e na especialidade em questão. No caso do evento ser parcialmente coberto pelo seguro contratado o Segurado e a Seguradora ratearão estes custos proporcionalmente entre os prejuízos indenizáveis e os não indenizáveis.

Incêndio

Combustão com chamas, capaz de propagar-se a objetos vizinhos e de por em risco a vida e o patrimônio de uma pessoa, ocorrida em local não desejado ou que haja escapado do local ou receptáculo em que foi intencionalmente iniciada e no qual se pretendia ficasse confinada

Indenização

A indenização corresponderá ao custo dos reparos ou reposição das coisas já instaladas, construídas ou montadas, incluídas despesas aduaneiras e de transporte, desmontagem e remontagem, que tenham sido danificadas fisicamente, de modo a repô-las no estado em que se encontravam imediatamente antes do sinistro, acrescido, se for o caso, dos valores correspondentes às coberturas adicionais contratadas menos o valor de salvados, quando couber, e deduzindo-se do valor então obtido a participação do Segurado em conseqüência do rateio, se houver, deduzindo-se, em seguida, a franquia.

No cálculo da indenização, serão levados em conta os preços de reposição , no dia e local do sinistro, inclusive fretes, limitados aos valores informados para fins de valor em risco declarados, limitados ainda ao efetivo prejuízo pertinente às coisas já construídas, instaladas ou montadas. Havendo reparação ou reposição ou reconstrução das mesmas coisas referidas no primeiro parágrafo desta cláusula e que implique em custos superiores ao valor das coisas já construídas, instaladas ou montadas, será considerado o valor no estágio em que se encontravam na data do sinistro em relação ao seu valor final. Deste modo, o valor pago a título de indenização em nenhuma hipótese ultrapassará a proporção entre o estado atual (data do sinistro) da obra e o seu valor final.

Inspeções

A Seguradora se reserva o direito de, a qualquer tempo durante a vigência do seguro, realizar inspeções, vistorias e verificações no local do risco e ou canteiro de obras, por conta própria ou por terceiros nomeados por ela, obrigando-se o Segurado a:

a.    fornecer os esclarecimentos, documentos e provas que lhe forem pedidos, devendo facilitar o desempenho das tarefas dos inspetores da Seguradora;

b.    acompanhar pessoalmente, ou através de preposto devidamente credenciado, as inspeções realizadas pela Seguradora, que poderá remeter possíveis recomendações ao Segurado, estipulando prazos para que sejam cumpridas;

c.    implementar as recomendações apresentadas, nos prazos que forem estipulados.

Inundação

É a invasão do local do risco ou do canteiro de obras por água de cursos d’água navegáveis.

Limite Máximo de Indenização

O Limite Máximo de Garantia da Apólice é o valor máximo de responsabilidade da Seguradora para a garantia de eventos danosos durante a obra.

Lucros Esperados

Lucro bruto passível de ser perdido, caso o empreendimento segurado, por atrasos atribuíveis a eventos garantidos pelo seguro, deixe de entrar em operação na data fixada em cronograma aceito pela Seguradora.

Lucros Cessantes (decorrentes de RC Geral)

Manutenção – Simples

Garantia dos danos físicos acidentais às coisas seguradas, ocorridos e avisados dentro do período de manutenção, desde que causados pelos empreiteiros segurados, no curso das operações por eles realizadas para fins de cumprimento das obrigações assumidas na cláusula de manutenção do contrato de obras civis e instalação/montagem. Deverá ser especificado o período da garantia de manutenção simples desejada , que pode ser de até 12 meses.

A presente cobertura somente terá inicio no final da Cobertura Básica. Caso na data especificada na Apólice para inicio desta Cobertura de Manutenção, ainda existam obras civis ou de instalação em execução, a cobertura não será aplicável. Caso ocorra a prorrogação da vigência da Apólice, a presente cobertura acompanhará essa prorrogação.

No caso de eventual prorrogação do prazo da obra / vigência não for efetivada, a Cobertura de Manutenção estará automaticamente cancelada, cabendo a respectiva devolução do prêmio pago ao Segurado.

Manutenção – Ampla

Garantia dos danos físicos acidentais às coisas seguradas, ocorridos e avisados dentro do período de manutenção, e desde que:

a)    causados pelos empreiteiros segurados no curso das operações por eles realizadas, para fins de cumprimento das obrigações assumidas na cláusula de manutenção do contrato de obras civis e instalação/montagem; ou

b)    verificados durante o período de manutenção, porém, conseqüentes de ocorrência havida no canteiro de obras ou no local do risco durante o período segurado da obra.

A presente cobertura somente terá inicio no final da Cobertura Básica. Caso na data especificada na Apólice para início desta Cobertura de Manutenção, ainda existam obras civis ou de instalação em execução, a cobertura não será aplicável. Caso ocorra a prorrogação da vigência da Apólice, a presente cobertura acompanhará essa prorrogação.

No caso de eventual prorrogação do prazo da obra / vigência não for efetivada, a Cobertura de Manutenção estará automaticamente cancelada, cabendo a respectiva devolução do prêmio pago ao Segurado.

Manutenção – Garantia Para Máquinas e Equipamentos Novos

Garantia dos danos físicos acidentais às coisas seguradas ocorridos e avisados dentro do período de manutenção-garantia, desde que:

a)         causados pelos empreiteiros segurados no curso das operações por eles realizadas, para fins de cumprimento das obrigações assumidas na cláusula de manutenção do contrato de obras civis e instalação/montagem; ou

b)         verificados durante o período de manutenção, porém, conseqüentes:

b.1) de ocorrência havida no canteiro de obras ou no local do risco durante o período segurado da obra; ou

b.2) de erros de projeto, defeitos de fabricação e de material, desde que sejam de responsabilidade do fornecedor e/ou fabricante, por força do contrato de venda ou fornecimento, com exclusão dos custos que seriam suportados pelo Segurado para retificar o defeito original, incluindo a desmontagem, a remontagem, o transporte, os tributos e despesas portuárias, se este defeito tivesse sido descoberto antes do sinistro.

2. A presente cobertura somente terá inicio no final da Cobertura Básica. Caso na data especificada na Apólice para inicio desta Cobertura de Manutenção, ainda existam obras civis ou de instalação em execução, a cobertura não será aplicável. Caso ocorra a prorrogação da vigência da Apólice, a presente cobertura acompanhará essa prorrogação.

3. No caso de eventual prorrogação do prazo da obra / vigência não for efetivada, a Cobertura de Manutenção estará automaticamente cancelada, cabendo a respectiva devolução do prêmio pago ao Segurado.

4. Fica, entretanto, entendido e acordado que, em qualquer hipótese, estarão excluídos desta cobertura os danos causados direta ou indiretamente por incêndio ou explosão.

Medidas de Segurança Contra Incêndio

No caso de Incêndio deverão ser adotadas as medidas de prevenção de danos, citadas abaixo:

a.    Equipamentos de combate a incêndio adequados e com suficiente capacidade de agentes de extinção devem estar sempre disponíveis no local do risco ou canteiro de obras e preparados para uso imediato;

b.    Um número suficiente de trabalhadores deve estar totalmente treinado no manejo de tais equipamentos e deve estar disponível para imediata intervenção a qualquer tempo;

c.    Se for necessária para a construção ou montagem da obra contratada, a armazenagem de materiais deverá ser subdividida em unidades de armazenagem não excedendo o valor discriminado na Especificação da Apólice. As unidades individuais de armazenagem deverão ficar separadas por uma distância de, pelo menos, 50 (cinqüenta) metros ou por paredes corta-fogo;

d.    Todo o material inflamável, e especialmente todos os líquidos e gases inflamáveis, deverá ser armazenado a uma distância suficiente das coisas sob construção ou montagem e de qualquer trabalho a quente;

e.    Solda ou uso de chama aberta na vizinhança de material combustível somente será permitido se pelo menos um trabalhador devidamente equipado com extintores e bem treinado em combate a incêndio estiver presente;

f.     No início dos testes todas as instalações de combate a incêndio designadas para a operação devem estar instaladas e em condições de uso.

Medidas de Segurança Contra Roubo

Com relação ao risco de roubo deverão ser tomadas as seguintes medidas:

a.    manter vigilância treinada e equipada, 24 horas por dia, 7 dias por semana;

b.    instalar botão de pânico para acionamento imediato da polícia em caso de emergência;

c.    instalar alarme com sensor de presença (infravermelho) com monitoramento externo por empresa de segurança patrimonial especializada, no que se refere aos locais de estocagem de máquinas, equipamentos e cabos.

Medidas  de Segurança Contra Alagamento, Transbordamento E Inundação

No caso de Alagamento , transbordamento e inundação deverão ser  adotadas as medidas de prevenção de danos, citadas abaixo:

a.    Assegurar que a área de armazenagem esteja fechada (ou em um prédio ou pelo menos, cercada), com vigilância de 24 horas, protegida contra incêndio, como for apropriado para o local particular ou tipo das coisas armazenadas;

b.    separar as unidades armazenadas por paredes e portas corta-fogo ou por uma distância de pelo menos 50 (cinqüenta) metros;

c.     construir as unidades de armazenagem em local sem registro de alagamento ou inundação no Período de Recorrência, considerando anos hidrológicos completos, estipulado na Especificação;

d.    limitar o valor por unidade de armazenagem, conforme definido na Especificação da Apólice.

Obras / Instalações Contratadas – Aceitas ou Colocadas em Operação

Este seguro se estenderá para garantir danos físicos acidentais, causados pela obra em execução, à parte dos trabalhos contratados segurados que tenham sido aceitos ou colocados em operação.

Esta cobertura somente será aplicada às coisas seguradas discriminadas e pelo período constantes da Especificação da Apólice.

Não serão consideradas como cobertas por esta cláusula as estradas e caminhos de acesso.

Obras Civis, Instalações e Montagens Concluídas.

Garantia aos danos físicos acidentais às obras civis e às máquinas e equipamentos, que tiveram sua construção e ou instalação cobertos pela presente apólice, utilizados em apoio à execução do empreendimento segurado.

Esta cobertura somente será aplicada às coisas seguradas discriminadas e pelo período constantes da Especificação da Apólice.

Perda total

Estado da coisa segurada, causado por risco garantido, que a torna, de forma definitiva, imprópria para o uso a que se destinava.

Período de recorrência

Período de tempo médio, estatístico, que separa dois eventos de cheia em um corpo d’água (rio, lagos, e similares), decorrentes de água de chuva, com características hidrológicas semelhantes.

Prêmio

Importância paga pelo Segurado à Seguradora em contrapartida à aceitação do risco a que ele está exposto.

Projeto

Resultado de elaboração intelectual, que objetiva criar produto ou serviço único, utilizando materiais e tecnologia consagrados, materializado em memoriais descritivos, cálculos, plantas, desenhos, especificações técnicas e método construtivo.

Proponente

Pessoa que pretende fazer seguro e que, para esse fim, firma proposta.

Proposta de seguro

Documento que precede a emissão da Apólice, contendo declaração dos elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco, com base nos quais a Seguradora aceitará o seguro ou não.

A Proposta de Seguro deverá ser aprovada pelo Segurado antes da sua remessa a Seguradora para sua efetivação/ contratação

Propriedades Circunvizinhas

Este seguro adicional garante, durante a vigência da Apólice, os danos físicos acidentais, a outras coisas de sua propriedade que não aquelas escopo da obra, ou coisas de terceiros sob a sua guarda, custódia ou controle, preexistentes no local do risco, desde que comprovadamente decorrentes dos trabalhos objeto do seguro. Esta cobertura adicional não se aplica às obras temporárias e a equipamentos móveis ou estacionários utilizados na execução do projeto, sendo concedida exclusivamente para as coisas discriminadas na Especificação da Apólice, até o Limite Máximo de Garantia para elas estipulado na mesma Especificação.

Prorrogação

Extensão do prazo de realização da obra, em função da alteração do escopo da obra, atrasos na sua execução, atrasos na alocação de recursos por parte do Contratante, fenômenos da natureza e similares. A cobertura para o período de extensão deve ser acordada previamente junto a Seguradora, por meio da apresentação dos documentos cabíveis, entre os quais: Aditivos Contratuais, Cronogramas Físico-Financeiro, Relatório de Progresso da Obra, e se for o caso relatório de Inspeção por parte da Seguradora.

Protótipo

Determinada máquina, equipamento e/ou estrutura civil nunca antes construída ou que utilize material e tecnologia inovadoras e, no caso de turbinas, que ainda não possuam o mínimo de 8.000 horas de utilização, por unidade e modelo, sem ocorrência de acidentes, quebras ou falhas.

Rateio

Condição contratual segundo a qual o Segurado participa de uma parcela dos prejuízos indenizáveis, naqueles casos em que o Valor em Risco Declarado pelo Segurado quando da contratação do seguro for inferior ao Valor em Risco Apurado .

Recomposição de Documentos

Garantia das quantias despendidas com o reembolso das despesas necessárias à recomposição dos registros e documentos relacionados na Especificação da Apólice, que sofrerem destruição por eventos cobertos por esta Apólice durante a sua vigência.

Entretanto não estarão garantidos por esta cláusula:

a.    erro de confecção, apagamento por revelação incorreta, velamento, desgaste, deterioração gradativa, vício próprio, roeduras ou estragos por animais daninhos ou pragas, chuva, umidade ou mofo;

b.    despesas de programação, apagamentos de trilhas ou registros gravados em equipamentos eletrônicos.

Relação dos Serviços a Executar

Documento, emitido pelo segurado, comprobatório das etapas do serviços a serem executados, por meio de laudos e/ou planilhas indicativas das respectivas fases, devidamente ilustrados por fotos..

Relatório de Progresso da Obra

Documento, fornecido e assinado pelo segurado, indicando as fases já executadas da obra e em execução, por meio de laudos e/ou planilhas indicativas das respectivas fases, devidamente ilustrados por fotos.

Responsabilidade Civil Geral

Garantia das quantias pelas quais o segurado vier a ser responsável civilmente em sentença judicial transitada em julgado ou em acordo autorizado de modo expresso pela Seguradora, relativa a reclamações por danos corporais e materiais involuntariamente causados a terceiros, decorrentes da execução do contrato objeto deste Seguro de Riscos de Engenharia, nos locais indicados neste contrato de seguro.

Além dos riscos já excluídos das Condições Gerais da apólice, estarão também excluídas desta cobertura as reclamações decorrentes:

1. da responsabilidade a que se refere o artigo 618 do Código Civil Brasileiro;

2. de danos causados por veículos enquadrados nas disposições do Código Nacional de Trânsito e decorrentes da circulação fora dos locais indicados neste contrato, e ainda os danos decorrentes de riscos aeronáuticos;

3. de morte, lesões corporais ou moléstias contraídas por qualquer pessoa que trabalhe ou execute serviços para o Segurado;

4. de danos causados pela inobservância às normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) ou de disposições específicas de outros órgãos competentes;

5. de danos causados pelo uso de materiais ainda não testados ou por métodos de trabalho ainda não experimentados e aprovados pelos órgãos competentes;

6. de danos causados à/por embarcações;

7. de danos à obra, objeto deste seguro de Riscos de Engenharia, às obras temporárias existentes no canteiro e aos equipamentos móveis e estacionários utilizados na execução do projeto;

8.    danos causados pela produção e distribuição de energia elétrica;

9. de danos a bens de terceiros em poder do Segurado para guarda ou custódia, transporte, uso ou manipulação, ou execução de quaisquer trabalhos;

10. de responsabilidades assumidas pelo Segurado por contrato ou convenções que não sejam decorrentes de obrigações civis legais;

11. de danos conseqüentes do inadimplemento de obrigações por força exclusiva de contratos e convenções;

12. de danos causados pela ação paulatina de temperatura, vapores, umidade, gases, fumaça e vibrações;

13. de extravio, furto ou roubo;

14. de danos causados ao Segurado, aos seus ascendentes e descendentes, cônjuge, irmãos e demais parentes que com ele residem ou que dele dependem economicamente e também os causados aos sócios e ainda aos empregados do Segurado de qualquer natureza;

15. de danos a instalações ou redes de serviços públicos, sempre e quando o Segurado, antes do início dos trabalhos, não tiver investigado junto aos proprietários ou às autoridades competentes, a exata posição das instalações e redes e não tiver tomado as medidas necessárias para evitar danos cobertos por esta cláusula;

16. de danos causados por sondagens de terreno, rebaixamento de lençol freático, escavações, aberturas de galerias, estaqueamento e serviços correlatos (fundações);

17. de danos morais e de quaisquer tipos de indenizações com caráter punitivo ou exemplar;

18. de reclamações relacionadas a imóveis em estado precário de conservação, bem como as reclamações por danos preexistentes (trincas, umidade, infiltrações) em imóveis vizinhos à obra objeto deste contrato de seguro;

19. de reclamações relacionadas a danos causados a colheitas, florestas ou a quaisquer culturas;

20. de reclamações decorrentes da limpeza final, de serviços de pintura e de reparos a bens de propriedade de terceiros, conseqüentes da queda contínua e não acidental de argamassa, concreto, tinta e quaisquer outros materiais utilizados em revestimentos;

21. de danos causados aos muros e/ou paredes que fazem divisa com a obra;

22. de danos causados por poluição, contaminação e vazamento de qualquer natureza;

23. multas de qualquer natureza;

24. perdas financeiras, inclusive lucros cessantes;

25 de danos causados por asbestos.

Responsabilidade Civil Geral – Coberturas Adicionais

Não obstante o que em contrário possa constar do item 3 acima, este seguro, dentro do limite máximo de garantia desta cláusula e desde que expressamente indicadas nominalmente na Especificação da Apólice, responderá também pelas seguintes extensões de coberturas:

1.    Fundações: reclamações de danos causados por sondagens de terreno, rebaixamento de lençol freático, escavações, aberturas de galerias, estaqueamento e serviços correlatos.

2.    Danos morais: diretamente conseqüentes de danos materiais ou de danos corporais cobertos pela presente cláusula de responsabilidade civil. Esta extensão de cobertura, quando considerada, ficará sublimitada ao equivalente a 20% (vinte por cento) do limite da cobertura básica de responsabilidade civil objeto desta cláusula;

3.    Empregador: danos corporais sofridos pelos empregados do Segurado, quando a serviço deste ou durante o percurso de ida e volta do trabalho. Os danos corporais cobertos por esta cláusula, quando considerada, abrangem apenas danos que resultem em morte ou invalidez permanente do empregado, conseqüentes de acidente de natureza súbita e inesperada, excluída, portanto, qualquer reclamação relacionada à doença profissional ou doença do trabalho e afins.

Responsabilidade Civil Cruzada

Não obstante o que em contrário possa constar os Segurados indicados nesta cláusula são considerados terceiros entre si, exceto no tocante a bens ou coisas envolvidas na obra objeto do presente seguro, desde que seguradas ou seguráveis pelas Condições Gerais, Especiais, Cláusulas Adicionais e Particulares do Seguro de Riscos de Engenharia.

A presente cobertura só é válida se acompanhada da Cláusula de Cobertura de Responsabilidade Civil e está sujeita aos termos, condições e exclusões estipuladas na Cláusula de Cobertura de Responsabilidade Civil.

Responsabilidade Civil do Empregador

Garante as reclamações por danos corporais sofridos pelos empregados do Segurado, quando a serviço deste ou durante o percurso de ida e volta do trabalho. Os danos corporais cobertos por esta cláusula, quando considerada, abrangem apenas danos que resultem em morte ou invalidez permanente do empregado, conseqüentes de acidente de natureza súbita e inesperada, excluída, portanto, qualquer reclamação relacionada à doença profissional ou doença do trabalho e afins.

Risco

É o evento incerto ou o acontecimento em data incerta, independente da vontade das partes e contra o qual é feito o seguro.

Risco de Poluição Súbita e Acidental

Reclamações de terceiros por danos materiais inerentes a poluição e contaminação de corpos d`água, atmosfera, solo e subsolo e ambiente de forma geral, decorrentes de eventos de origem súbita e acidental, ficando expressamente excluídos os danos perdas decorrentes de poluição e contaminação gradativos.

Riscos do Fabricante Para Máquinas e Equipamentos Novos

Essa garantia se estende aos danos físicos acidentais, ocorridos no local do risco ou canteiro de obras durante a vigência da Apólice, decorrentes de erro de projeto, defeito de material ou de fabricação à instalação ou montagem das coisas seguradas, excluindo os custos que seriam suportados pelo Segurado para retificar o defeito original, tais como a desmontagem, a remontagem, o transporte, os tributos e despesas portuárias, se este defeito tivesse sido descoberto antes do sinistro, e desde que as máquinas e equipamentos sejam comprovadamente novos e que o próprio fabricante seja o responsável pela instalação, montagem e supervisão.

Seguradora

Sinistro ou série de sinistros, levando-se em conta a totalidade dos sinistros ocorridos durante a vigência da Apólice.

Segurado

pessoa física ou jurídica, podendo ser o proprietário, o financiador, o construtor ou o montador, que, tendo interesse legítimo segurável, contrata o seguro.

Sinistro

Concretização danos a de um risco coberto.

Stand de Vendas até 3 meses antes do início da Obra

Acidentes e Danos de origem súbita e imprevista ocorridos aos stands de venda da obra objeto do seguro.

Testes a Frio

É a verificação dos componentes de máquinas e equipamentos segurados através de testes mecânicos, elétricos, hidrostáticos e outras formas de teste, em marcha sem carga, com a finalidade de garantir que cada item do conjunto esteja em condições de funcionamento. Testes a Frio excluem operação de fornalhas ou aplicação de calor direto ou indireto, uso de matéria-prima ou outros materiais de processamento ou, no caso de motores elétricos, geradores elétricos, transformadores, conversores ou retificadores, sua conexão à rede elétrica ou outro circuito de carga.

Testes a Quente

É a verificação dos componentes de máquinas e equipamentos segurados, com carga ou condição de operação, incluindo o uso de matéria-prima ou outros materiais de processamento, ou outros meios para simular as condições de funcionamento e, em caso de motores elétricos, geradores elétricos, transformadores, conversores ou retificadores, sua conexão à rede elétrica ou outro circuito de carga.

Transporte de Materiais de Revestimentos a serem Incorporados à Obra

Perdas e danos materiais aos materiais destinados a revestimentos a serem utilizados na obra, durante o seu percurso  entre canteiros ou entre o canteiro e local especificado na apólice.

Tumultos

Este seguro garante a danos físicos às coisas seguradas, causados por tumultos, greve e locaute. Quaisquer eventos decorrentes de tumulto, greve ou locaute que causem danos aos bens segurados, tais como incêndio decorrente de tumulto, quebras decorrentes de tumulto, dentre outros, estão sujeitos ao sublimite estabelecido nessa cobertura adicional. Ficam cobertos os danos causados por autoridades na tentativa de suprimir/impedir tais distúrbios, também observado o sublimite para esta cobertura adicional.

O limite da cobertura (IS/LMI) deve ser entendido como para as perdas e danos durante o período consecutivo de 168 horas.

Valor em Risco Declarado

Valor apurado por ocasião do sinistro, obedecidos aos critérios da definição para “Valor em Risco Declarado”, ou seja, como se a obra civil e a instalação/montagem já estivessem concluídas na data do evento.

Vigência

Prazo de duração do contrato de seguro (apólice), baseado no contrato da obra, ordem de serviço (início) e /ou cronograma físico-financeiro.

FICHA DE INFORMAÇÕES

PEDIDO DE INSPEÇÃO DE RISCOS DE ENGENHARIA

Definições de Elementos da Construção Civil

1. Razão Social

Nome estabelecido para o empreendimento que é o objetivo da obra, tais como, Condomínio XYZ, Barragem do Rio XWZ, etc.

2. Endereço do risco

Localização do Canteiro da obra ou Canteiros da obra, ou seja, da área onde está sendo realizada a obra. Local no qual o Segurado executa o trabalho que motivou a contratação do seguro, incluindo o canteiro de obras somente se constar da Especificação da Apólice. O local do risco abrange as vias internas de circulação, quando tais vias forem de uso exclusivo do Segurado e desde que façam parte do Valor em Risco Declarado. O local do risco não inclui as fábricas e instalações dos fabricantes e fornecedores.

3. Construtora Responsável

Empresa responsável pela execução do serviço perante o Contratante e/ou perante o Órgão de Classe do tipo de serviços a ser realizada, ou seja, CREA, CRQ, e outros.

4. Responsável Técnico

Profissional responsável pela execução dos serviços perante a Construtora e perante o Órgão de Classe do tipo de serviços a ser realizado , ou seja CREA, CRQ, e outros.

5. Quantidade prevista de empreiteiros

Quantidade de empresas contratadas ou subcontratadas para a realização da obra, segundo os serviços pertinentes a cada uma.

6. Recursos para Execução da Obra

Origem dos recursos financeiros aplicados para a execução dos serviços referentes à obra.

7. Serviços especiais de proteção realizados ou a realizar no local do risco, em função dos riscos decorrentes de convulsões da natureza:

Exemplo:

  • Dragagem e limpeza de corpos d’água próximos da obra;

Limpeza do leito de rios, lagoas e outros corpos d’água por meios equipamentos tais como dragas, escavadeiras e outros, com a remoção de detritos, escombros, esgotadas ou excesso de terra.

  • Informações sobre o sistema de coleta de águas pluviais (água de chuva) da região próxima da obra:

- Galerias pluviais têm esgotado a água até a região de despejo (rios, lagoas, mar, etc.)?

- A água das Galerias pluviais tem retornado ao terreno, quando de chuvas intensas e prolongadas?

- Há algum coletor de uso público cujo traçado se desenvolva próximo a obra ou no interior do terreno da obra? Costuma transbordar quando de chuvas intensas e prolongadas?

-  Há Reservatórios D’água da Concessionária da região próximo à obra? Está em bom estado de conservação?

- Há barragens para Hidrelétricas, próximas à obra (distancia e diferença de nível em relação à obra? Já houve transbordamento por abertura das comportas?

- Há registro de ocorrência de ventos de grande intensidade na região? Qual é a direção preferencial do vento (sentido que o vento se desenvolve com mais freqüência. Ex. Norte a Sul, etc.)

- O empreendimento foi planejado com base nos índices pluviométricos (intensidade, freqüência e prolongamento da chuva nos últimos 215 anos, pelo menos) mais apropriados para o tipo de obra?

- No caso de registro de alagamento na região próxima à obra, há medidas de contenção, como taludes, comportas e/ou  valas de escoamento no perímetro do terreno, nos pontos de maior possibilidade de acesso d’água, limpeza freqüente das galerias pluviais.

- Há encostas próximas  obra (distancia, altura, tipo de terreno, comportamento quando da ocorrência de chuvas)

8. Condições Geológicas:

Com relação à geologia do terreno no local do risco informar:

  • Natureza do solo e subsolo:

Constituição do solo e subsolo, obtida pela sondagem.

  • Condições de Estabilidade do Terreno:

Condições do solo quanto a resistência a cargas provenientes de edificações e outras obras.

  • Extrato geológico predominante:

Obter junto à obra os Boletins de Sondagem e Plantas de Furos de Sondagem, com o parecer do geólogo sobre as condições do terreno. Os ensaios normalmente praticados do extrato do solo são os citados a seguir:

Trado:
SPT – “Standard Penetration Test” :

CPT:
DPL
:
Ensaio de palheta:

Dilatômetro:
Sondagem rotativa:

Esses métodos são definidos a seguir.

9. Definição de Sondagem e dos Métodos de Sondagem do Terreno:

Sondagem

A construção de uma edificação começa pela sondagem do terreno sobre o qual ela será erguida. A sondagem, uma espécie de radiografia do terreno, identifica as camadas do solo e sua resistência, além de detectar a presença do lençol freático (água), informações fundamentais para que o calculista projete adequadamente as fundações.

A sondagem do terreno, por exemplo, traz parâmetros quanto à capacidade de resistência, níveis de lençol freático, presença ou não de rochas, sendo os ensaios de sondagem mais utilizados os citados a seguir .

As investigações geotécnicas são tão importantes para a obra como, por exemplo , o levantamento topográfico. Sem conhecer o solo, grandes erros podem ser cometidos, levando uma obra à falência. Para melhor conhecer o solo, existem diversos métodos de sondagens e ensaios, que devem ser escolhidos e utilizados conforme a situação da obra e do terreno.

Para coletar amostras deformadas em profundidades rasas, usam-se o trado. Para sondagens e coleta de amostrar deformadas em maior profundidade, SPT é adequado. Quando precisa conhecer a resistência do solo, quando tem que fazer muitos furos e quando o acesso é complicado, o DPL NILSSON é preferível. Para obter muitos parâmetros e a resistência mais exata, o CPT(u) é excelente, e ainda mais, fornece a pressão. Para saber a coesão em argilas, utiliza-se a palheta. Para saber o empuxo horizontal, o dilatômetro fornece bons resultados. Para solo alterado (cascalho, piçarras) e para rocha, usar sondagem rotativa.
Trado
O trado serve para retirar amostras deformadas e reconhecer a estratigrafia em pequenas profundidades, em geral até 2 m, mas é possível emendar as hastes do trado e pegar amostras de 5-6 m profundidade, mas em profundidades grandes, o serviço é demorado.

É comum que o trado para amostras de solo tem diâmetro pequeno, entre 2 a 4 polegadas (5 a 10 cm).
SPT – “Standard Penetration Test”

A sondagem a percussão é também chamada de “Simples reconhecimento” ou, ainda, de “Sondagem SPT”. Este nome vem da abreviação dos termos ingleses “Standard Penetration Test”, ou seja, “Teste de Penetração Padrão”. Este processo é muito usado para conhecer o sub-solo fornecendo subsídios indispensáveis para escolher o tipo de fundação. Conheça um pouco mais sobre este teste tão importante para a Arquitetura e a Construção Civil.

O SPT é por enquanto a sondagem mais usada no Brasil. É uma sondagem de reconhecimento do solo, criado para coletar amostras. O amostrador de SPT desce através cravação deixando um martelo de 65 kg cair 75 cm. O número N, a quantidade de golpes, passou a ser utilizado para obter uma aproximação da resistência do solo. Com SPT, faz-se também ensaios de infiltração para medir a permeabilidade. É possível, sob condições ideais, conseguir penetrar mais que 40 m com SPT, ignorando os efeitos de desvio, (não há controle nenhuma do SPT sobre o desvio). A limitação por golpes ( a nega) é determinada quando se obter penetração menor que 5 cm em 10 golpes consecutivos.

A SPT pode ser equipada com torquímetro, mede-se a resistência de atrito contra a parte do amostrador (diam. 50,8 mm) cravada no solo.

Vantagem do SPT: Retira amostras até profundidades consideráveis. Possível encontrar equipamentos e peças em todo o país. Barato onde existe concorrência.

Desvantagem: Utilizado além dos limites, por exemplo, em solos moles. A energia aplicada é alta e não existe a sensibilidade para solos saturados e moles. Abusado, utilizando fórmulas empíricas sem consideração da complexidade do solo. Utiliza motor e água, seja é dependente de fornecimento externo de energia e de água. Complicado e demorado a mobilizar e instalar.
CPT
CPT é um ensaio que é cravada por pressão estática. Exige uma contrapeso de várias toneladas, que em vez pode ser resolvido por ancoragem do equipamento. Os equipamentos comercializados são em geral equipados com piezocone e assim denominados CPT(u), que viabiliza ensaio da poropressão e dissipação. Os equipamentos são importados e necessitam um grande investimento, na máquina, como no operador.

Vantagens: O CPT (ou CPT (u)) fornece muitos parâmetros úteis em geotécnica, é um dos equipamentos mais sofisticados que o mercado oferece à geotécnica. O CPT moderno chega ao, no mínimo, as mesmas profundidades como SPT. Detecta com excelente sensibilidade e acuração camadas delgadas de solo, que podem funcionar como plano deslizante.

Desvantagens: Em função do alto custo e dificuldade a entrar em locais de acesso complicado, o CPT é pouco usado.
DPL
O DPL em forma de aparelho manual, com torquímetro, permite medir resistência à ponta e atrito lateral da ponteira, até 12 m de profundidade. A ponteira tem maior diâmetro do que as hastes, 36 mm contra 22 mm, o que permite que, na maioria dos casos, o solo está em pouco contato com as hastes, sem exercer pressão significativo. O DPL trabalha através cravação de um martelo de 10 kg caindo 50 cm, emitindo a energia de 50 J, quase 10 vezes menor em comparação do SPT (488 J). Existem, com a mesma forma da ponteira, mas em maior escala e com maior energia, os ensaios DPM, DPH, e DPSH, mas DPL é o mais interessante para uso em fórmulas de resistência, a saber que a pouca energia aplicada admite que o comportamento do ensaio aproxima-se CPT, antes outros ensaios de percussão, por exemplo SPT. Assim, preferimos contemplar o DPL como “quasi-estático” o que viabiliza correlações com CPT, que para ainda reforçar as similaridades, tem a mesma área de seção da ponteira.
Vantagens:

O DPL NILSSON (protegido por leis de patente) é o equipamento mais fácil a mobilizar e instalar. Muito efetivo e rápido em operação. Detecta com boa sensibilidade e acuração camadas delgadas de solo, que podem funcionar como plano deslizante. Excelente para dimensionamento de fundação. Outros, parecidos equipamentos de DPL tem experiência vasta em Europa, entre outros países Alemanha (70 anos experiência) , França, Itália e Espanha.

Desvantagens:

Limitada por profundidade (12 m) e resistência 10 Mpa (cone 10 cm² CPT ou DPL). Não divulgada em todo território nacional.
Ensaio de palheta

O ensaio de palheta é um invenção sueca há 50 anos de uso, é o melhor equipamento para obter a resistência ao cisalhamento no campo, ou sendo usado em argilas puras, a coesão não drenada. Desta forma, um excelente ferramenta para ensaiar taludes. Existe hoje em forma automatizada, com motor elétrico e coleta computadorizada dos dados no campo.

Vantagens:

Fácil a mobilizar. Pode ser cravada por equipamento CPT ou DPL NILSSON , desta última opção com fácil acesso às taludes.

Desvantagens:

Exigências precisas na execução existem muitas falhas com equipamentos manuais. Com o equipamento automático, maior segurança nos resultados, mas o custo é alto.
Dilatômetro
Equipamento em forma de uma pequena cortadeira será cravado no solo, por exemplo por equipamento de CPT. No nível desejável, uma membrana expande por pressão de gás. A pressão é medida por manômetro e o DMT (dilatômetro) mede a deflexão,, desta forma, fornece parâmetros de deformação. A exclusividade com o DMT é fornecer o coeficiente K0 que serve para calcular o empuxo horizontal.

Sondagem rotativa

É o equipamento que avança em solos alterados e rocha. Necessário em praticamente todas as obras de porte grande. Chamado sondagem mista quando executado junto com SPT.

10. Topografia do local do risco e áreas adjacentes indicar:

Terreno Plano:

Terreno sem aclives ou encostas ou pouco acidentado.

Terreno Acidentado:

Terreno com aclives, encostas e depressões acentuadas.

Cota mínima -

Cota máxima -

Dados a serem obtidos para obtenção da topografia do terreno:

a. Obter as cotas do terreno em relação ao nível do mar, por mio de plantas altimétricas ou informações obtidas na obra, quanto aos pontos mais elevados e os pontos mais baixos do terreno, em relação ao nível do mar ou pelo menos em relação ao nível das vias públicas e corpos d’água mais próximos;

b. Destacar se há encostas, morros e montanhas nas proximidades da obra;

c. Destacar se há construções sobre as encostas próximas as obras

d. Destacar qual o o estado de conservação das construções  mais próximas da obra

e. Obter junto ao responsável pela obra os laudos cautelares sobre o estado de conservação das construções de terceiros mais próximas da obra

f. Se houver rebaixamento de lençóis freático, o laudo cautelar do estado de conservação deverá alcançar as constrições de terceiros que possam vir a ser atingidas, em função de movimentação de terra (recalque), em decorrencia do rebaixamento do lençóis situado sob as mesmas e sob a obra.

11. Fundações e/ou serviços correlatos

As fundações a adotar podem ser dos seguintes tipos em sua maioria:

 

(Bloco ou Sapata Simples ou Radier)

 

Hélice Contínua

 

Estaca Moldada

 

Estaca Tipo Frank

 

Tubulão (à céu aberto / ar comprimido)

 

Estaca Raiz

 

Estaca Pré-Moldadas

 

Estaca Tipo Mega

 

Estaca Escavada

 

Estaca Strauss

 

Estaca Metálica

 

Estaca Tipo Barrete

Outros

12. Definição de Fundação e das Soluções de Fundações Mais Usuais:

A parte da edificação destinada a receber seu peso, transferindo-o para o solo e resistindo às reações do mesmo, sem que os esforços produzidos pelo peso da edificação cause roturas no terreno, recebe o nome de fundação.É a primeira parte da edificação a ser construída; a que fica em contato direto com o solo. É como que o pé da edificação e deve estar compatível com o tipo de solo sobre o qual se apoiará. Seu tipo, dimensões e forma dependem da carga (peso atuante) e do tipo de solo (resistência).

As fundações classificam-se em diretas  e indiretas, de acordo com a forma de transferência de cargas da estrutura para o solo onde ela se apóia, e rasas ou superficiais e profundas.

Fundações diretas são aquelas que transferem as cargas para camadas de solo capazes de suportá-las, sem deformar-se exageradamente. Esta transmissão é feita através da base do elemento estrutural da fundação, considerando apenas o apoio da peça sobre a camada do solo, sendo desprezada qualquer outra forma de transferência das cargas. As fundações diretas podem ser subdivididas em rasas ou superficiais e profundas. A fundação rasa ou superficial se caracteriza quando a camada de suporte está próxima à superfície do solo (profundidade até 2,50 m) ou quando a cota de apoio é inferior à largura do elemento da fundação, ou seja, em que a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. Elas podem ser executadas por intermédio de sapatas corridas, sapatas isoladas, blocos, radier ou por meio de Alicerces e Baldrames.

A fundação é considerada profunda se suas dimensões ultrapassam todos os limites acima mencionados. Como exemplo, de direta e profunda teríamos as fundações tipo tubulões.

Fundações indiretas são aquelas que transferem as cargas por efeito de atrito lateral do elemento com o solo e por efeito de ponta (FABIANI, s.d.). As fundações indiretas são todas profundas, devido às dimensões das peças estruturais. Como exemplo teríamos as estacas.

Como já citado, fundação profunda é o elemento de fundação que transmite as ações ao terreno pela base (resistência de ponta), por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das duas e que está assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta e no mínimo 3m. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas, os tubulões e os caixões.

Normalmente não se usam fundações diferentes em uma mesma obra, mas, dependendo das condições do terreno, pode-se recorrer a este tipo de solução mista.

Alicerces

Trata-se de um Maciço de alvenaria sobre o qual é assentada uma construção; fundamento, fundações, base.

São estruturas executadas pelo assentamento de pedras ou tijolos maciços recozidos, em valas de pouca profundidade (entre 0,50 a 1,20 m), e largura variando conforme a carga das paredes.

Os alicerces na generalidade dos casos são executados de forma contínua, sob a linha de paredes de uma edificação, utilizando-se:

a) Sistema de alvenaria de tijolos maciços, em bloco simples ou escalonado;

b) Sistema de pedras argamassadas sobre lastro de concreto simples;

c) Sistema de alvenaria sobre lajes de concreto armado ( sistema misto);

d) Sistema em concreto ciclópico.

O concreto ciclópico ou fundo de pedra argamassada, como é conhecido em algumas aplicações, nada mais é do que a incorporação de pedras denominadas “pedras de mão” ou “matacão” ao concreto pronto. Estas pedras não fazem parte da dosagem do concreto e por diversos motivos, não devem ser colocadas dentro do caminhão betoneira, mas diretamente no local onde o concreto foi aplicado.A pedra de mão é um material de granulometria variável, com comprimentos entre 10 e 40 cm e peso médio superior a 5 kg por exemplar.

Baldrame

Baldrame é o tipo mais comum de fundação. Constitui-se de uma viga, que pode ser de alvenaria, de concreto simples ou armado construída diretamente no solo, dentro de uma pequena vala. É mais empregada em casos de cargas leves como residência construídas sobre solo firme.

Blocos

O bloco é uma fundação direta, geralmente de concreto ciclópico; é como que uma sapata com grande espessura, formando assim um maciço que dispensa armadura no concreto. São peças pré-moldadas que servem para a sustentação dos pilares e a união rígida à fundação profunda. Eles se subdividem em alguns tipos, devido à carga exercida pela obra ou do tipo de solo oferecida pelo local. Suportam predominantemente esforços de compressão simples provenientes das cargas dos pilares. É uma fundação de superfície isolada, rígida, em concreto, podendo ou não ser armada na base;

Radier

O radier é um sistema de fundação que reúne num só elemento de transmissão de carga, um conjunto de pilares. Consiste em uma placa contínua em toda a área da construção com o objetivo de distribuir a carga em toda superfície, apresentando a disposição de uma laje de concreto armado; as cargas são transmitidas ao solo através de uma superfície igual ou superior a da obra. Seu uso é indicado para solos fracos e cuja espessura da camada é profunda. Podem ser executados dois sistemas de radier: sistema constituído por laje de concreto (sistema flexível) e sistema de laje e vigas de concreto (sistema rígido).

É um processo que tem sido aplicado em construções de casas populares sobre terrenos de pouca firmeza, quando a camada fraca de solo é muito profunda. É como se fosse uma laje, construída sob toda a extensão da obra, no chão.    A ferragem usada no radier será sempre igual à de uma laje, na bitola mínima de 3/8, armada em cruz na parte inferior como na superior, distribuindo a carga por toda a superfície.

Sapatas

As sapatas são estruturas de concreto armado, de pequena altura em relação às dimensões da base. São estruturas “semiflexíveis” e, ao contrário dos alicerces que trabalham a compressão simples, as sapatas trabalham a flexão. A sapata é preferida onde o baldrame não é recomendado, quer pelo peso do prédio ou pela baixa resistência do solo. A sapata é um bloco de concreto armado construído diretamente sobre o solo dentro de uma escavação.

Sapata pode ser uma fundação em superfície isolada, semiflexível ou semi-rígida, ou contínua.;

A sapata é uma fundação direta, geralmente de concreto armado, com a forma aproximada de uma placa sobre a qual se apóiam colunas, pilares ou mesmo paredes.Elas são estruturas que podem ser executadas de forma isolada, associadas ou combinadas, contínuas sob pilares ou muros.

1.     Sapata corrida: Executadas em terreno de grande resistência, para pequenas construções, abaixo e ao longo das paredes com função estrutural. Tornam-se econômicas quanto às fôrmas, são contínuas ou até desnecessárias, concretando-se diretamente nas cavas. Acompanha as paredes da casa, e é indicada para solos resistentes e construções com paredes portantes, que dispensam pilares e vigas. A carga é distribuída uniformemente ao longo das paredes. Se o terreno for inclinado, as sapatas não poderão seguir a inclinação do terreno, deverão ser escalonadas em degraus, em nível, para que as cargas sejam transmitidas sempre para o plano horizontal.

2.     Sapata isolada: A fundação do tipo isolada é a que suporta apenas a carga de um pilar, podendo ser um bloco (em concreto simples ou ciclópico, com grande altura em relação à base) ou uma sapata (em concreto armado, de pequena altura em relação à base).  Usadas também em terrenos que apresentam uma boa taxa de trabalho e quando a carga a ser distribuída é relativamente pequena. Em geral são feitas em forma de tronco de pirâmide e amarradas umas às outras através de cintas ou vigas baldrame. Embaixo de toda sapata deverá, sempre, ser colocada uma camada de concreto magro (farofa). É um concreto bem seco, sem função estrutural, que tem a finalidade de isolar o fundo da sapata para que o solo não absorva a água do concreto da fundação.

3.     Sapatas associadas ou combinadas - São utilizadas quando não é possível a utilização sapatas isoladas para cada pilar, por estarem muito próximas entre si, o que provocaria a superposição de suas bases (em planta) ou dos bulbos de pressões. Neste caso, convém empregar uma única sapata para receber as ações de dois ou mais pilares.

Quanto à forma, elas são usualmente de base quadrada, retangular, circular ou poligonal

Estacas

A solidez de uma edificação depende, em primeiro lugar, de uma fundação bem dimensionada. Para isso, a engenharia já evoluiu a ponto de garantir que até as estruturas mais pesadas mantenham-se estáveis e, é claro, sem recalques consideráveis, mesmo em solo ruins. A variedade de sistemas, equipamentos e principalmente processos executivos é enorme, restando o desafio de identificar a maneira mais adequada de acordo com as peculiaridades da obra e do terreno.

São muitas as possibilidades quando se fala em fundações profundas – aquelas cujo comprimento da estaca predomina sobre sua seção transversal, ou a camada de suporte está a uma profundidade maior que 2 m

Esses tipo de solução estão associadas às estruturas de grandes cargas ou características de solo superficial ruim. No entanto, solos com baixa capacidade de suporte em pequena profundidade também podem obrigar a utilização de fundações profundas até mesmo para uma casa ou um sobrado. É importante destacar essa falsa idéia de que fundação profunda serve apenas para obras de grande porte. O que define o tipo de sistema é conjunto: tipo de estrutura e característica do solo

Se o terreno firme está à grande profundidade, a mais de 6 metros de fundo, não sendo econômico fazer a escavação até encontrá-lo, pode ser indicado o uso de estacas, ou seja, de fundações indiretas ou profundas.

Indicam-se as estacas quando as cargas a suportar pelo terreno são grandes, o terreno é pouco resistente na superfície ou resistente a grande profundidade.

Quando a fundação atinge a profundidade para a qual foi projetado, verifica-se a nega da estacaNega é a Penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação de um golpe do pilão. Em geral é medida por uma série de dez golpes. Ao ser fixada ou fornecida, deve ser sempre acompanhada do peso do pilão e da altura de queda ou da energia de cravação – martelo automático).Trata-se da medição do deslocamento da peça durante três séries de dez golpes de martelo. Com base nesses dados, o técnico responsável poderá avaliar rapidamente se a estaca está atendendo à capacidade de carga de trabalho necessária para o atendimento do projeto.

Uma grande edificação está firmemente estaqueada. As estacas podem ser de madeira, concreto pré-moldado, aço ou moldadas “in loco”.

São aquelas em que o peso da construção é transmitido ao solo firme por meio de um fuste. A resistência de uma estaca depende da resistência do atrito lateral ao longo do seu fuste e da resistência de ponta. A primeira é totalmente mobilizada com um mínimo de deformação (5mm a 10mm), enquanto que a resistência de ponta é totalmente mobilizada com recalques da ordem de 10% a 15% do diâmetro da estaca, ou seja, 60mm numa estaca com diâmetro de 600mm.

A estaca é empregada em solos fracos ou em prédios de altura média. As estacas podem ser moldadas no local ou pré-fabricadas. As estacas podem ser de concreto simples, concreto armado, de madeira ou metálicas. As estacas são peças estruturais alongadas, de formato cilíndrico ou prismático, que são cravadas (pré-fabricadas) ou confeccionadas no canteiro (in loco), com as seguintes finalidades:

a) transmissão de cargas a camadas profundas do terreno;

b) contenção dos empuxos de terras ou de água (estaca prancha);

c) compactação de terrenos. As estacas recebem, da obra que suportam, esforços axiais de compressão.

A estes esforços elas resistem, seja pela atrito das paredes laterais da estaca contra o solo, seja pelas reações exercidas pelo solo resistente sobre a ponta da peça. Conforme a estaca resista apenas pelo atrito lateral ou pela ponta, ela se denomina, respectivamente, estaca flutuante ou estaca carregada de ponta.

Tipos de estacas quanto à resistência do terreno;

a)     a capacidade resistente da estaca se compõe de duas parcelas: atrito lateral e de ponta;

b)     a estaca é carregada na ponta, trabalhando pois como pilar;

c)     ela resiste pelo atrito lateral: é a estaca flutuante;

d)     a estaca atravessa um terreno que se adensa sob seu peso próprio, ou sob a ação de uma camada de aterro sobrejacente, produzindo o fenômeno do atrito negativo, isto é, o solo em vez de se opor ao afundamento da estaca, contrariamente, vai pesar sobre ela favorecendo assim a sua penetração no solo.

Quanto à posição, as estacas podem ser verticais e inclinadas e quanto aos esforços a que ficam sujeitas, classificam-se em estacas de compressão, tração e flexão.
Segundo Luciano Décourt, as estacas usuais no Brasil podem ser classificas em duas categorias:

a) Estacas de deslocamento;

b) Estacas escavadas

a) Estacas de Deslocamento são aquelas introduzidas no terreno através de algum processo que não provoca a retirada do solo.
-Estaca pré-moldada de concreto;

-Estaca metálica;

-Estaca de madeira;

-Estaca tipo Franki.
b) Estacas Escavadas são aquelas executadas “in situ” através de perfuração do terreno por um processo qualquer, com remoção de material, com ou sem revestimento, com ou sem a utilização de fluido estabilizante.
-Estaca tipo Strauss;

-Estaca trado rotativo;

-Estaca hélice contínua;

-Estacas-Raiz.

Na extremidade superior de cada estaca ou grupo, é feito um bloco de coroamento da(s) estaca(s). É uma peça de medidas de largura e comprimento maior que a da estaca e tem finalidade de receber as cargas de um pilar e transferi-las para a fundação.

As Estacas Escavadas mecanicamente caracterizam-se por serem moldadas no local após a escavação do solo. São executadas através de torres metálicas, apoiadas em chassis metálicos ou acopladas a caminhões. Em ambos os casos são empregados guinchos, conjunto de tração e haste de perfuração hidráulica, constituídas de trados em sua extremidade, procedendo-se o avanço através de prolongamento telescópico.

O diâmetro das perfuratrizes varia de 0,30 a 1,50 metros, podendo-se executar desde estacas de pequena profundidade com equipamento de pequeno porte até grandes profundidades com equipamento de torre para 27 metros.

A vantagem desta solução está na grande mobilidade e produção do equipamento, permitindo a amostragem do solo escavado, atingindo a profundidade determinada em projeto e a ausência de vibração, podendo ser executada próximo à divisa sem dano às construções vizinhas.

Nas Estacas moldadas in loco, tais como as tecnologias disponíveis vão desde simples estacas-brocas até as modernas estacas omega e a hélice contínua monitorada. O que diferencia grande parte dos métodos de fundações é o processo executivo. Os estações, por exemplo, como o próprio nome já indica, além de possuírem maior diâmetro, são escavados usando lama bentonítica, fluido que ajuda a estabilizar a parede da escavação. Seu uso se justifica em obras de maior carga e os equipamentos chegam a atingir 70 m de profundidade. A limitação, no entanto, está na necessidade de um amplo canteiro de obras, não só por causa das grandes máquinas de perfuração, mas também pela necessidade de um tanque de armazenamento de lama e área para deposição do solo escavado

Quando a falta de espaço é um fator determinante, uma opção é a estaca raiz, utilizada tanto em obras convencionais, como em reforços de fundações. Tal flexibilidade é possível porque a ferramenta de escavação é relativamente pequena, permitindo o trabalho de locais com pé direito baixo. Além disso, escava qualquer tipo de material, até mesmo concreto e rocha. Trata-se de um dos sistemas mais versáteis, porque a perfuratriz não é contida por materiais que normalmente são obstáculos para outros tipos de equipamentos.

Estacas de Madeira

As estacas de madeira, empregadas como fundações indiretas são de madeira dura e resistente à ação do tempo. Em geral são troncos de árvore, de madeira dura, resistente (geralmente de eucaliptos, peroba do campo, maçaranduba, arueira etc.), redondos, lisos, descascados e retos. Devem ser tratadas antes de enterrá-las no solo com imunizadores contra insetos e fungos. O diâmetro da seção pode variar de 18 a 35 cm e o comprimento de 5 a 8 metros, geralmente limitado a 12 metros com emendas. No caso da necessidade de comprimentos maiores as emendas deverão ser providenciadas com talas de chapas metálicas e parafusos, devidamente dimensionados.

O enterramento das estacas é feito com um equipamento chamado bate-estaca, que suspende um peso (o maço) e o deixa cair sobre a cabeça da estaca, enterrando-a um pouco em cada batida.

Estacas Metálicas

Mais comuns na construção de prédios, cumprem também a função de contenção do terreno (arrimo). Bastante econômicas em fundações que apresentam solos resistentes a grandes profundidades e com solicitações elevadas de cargas, as estacas metálicas mais utilizadas são:

a) Perfil H laminado e soldado: são as estacas mais utilizadas, uma vez que apresentam mesma inércia nas duas direções principais, além de fácil penetração na cravação.

b) Perfil duplo I laminado, soldado dois a dois: são bastantes comuns e apresentam características semelhantes aos perfis H.
c) Tubos de aço: apresentam espessura de parede acima de 5mm podendo ser cravados com ou sem ponteira.

A utilização de estacas metálicas implica na adoção de soluções protetoras contra corrosão como pintura, aplicação de resina epóxi e encapsulamento com concreto.

As estacas metálicas são soluções econômicas para diversas situações, atendendo várias fases de construção da obra e permitindo uma fácil cravação com baixa vibração. Também são adaptáveis para terrenos resistentes, eliminando o risco de levantamento de estacas vizinhas e não oferecem problemas na sua manipulação, transporte, emenda ou cortes.

As estacas metálicas constituídas por peças de aço laminado ou soldado (perfis I, H, chapas dobradas, bem como trilhos, que são geralmente reaproveitados após a remoção de linhas férreas), sendo que o comprimento varia de acordo com a necessidade do projeto e capacidade do equipamento de cravação, realizando-se emendas através de solda.

As estacas metálicas podem ser cravadas por vibração ou percussão com martelos de queda livre ou diesel. A limpeza interna das estacas tubulares quando necessária, pode ser feita com perfuratriz rotativa munida de caçamba (bucket) ou “Hammer Grab”. Neste caso, a concretagem do trecho escavado é feita com funil utilizando-se a metodologia de concretagem submersa.

As estacas tubulares metálicas se caracterizam por ser facilmente cravadas em quase todos os tipos de terreno, podendo atingir elevada capacidade de carga e grandes profundidades pela facilidade de corte e emenda dos elementos. As estacas metálicas tubulares Helicoidais são cravadas no solo por rotação até atingir a Profundidade, o Torque e a Pressão Hidráulica Mínima especificados em projeto.compostas de várias composições que serão instaladas no solo A resistência a tração ou compressão das helicoidais é originada pela reação à compressão das hélices contra o solo natural quando da atuação dos esforços nas fundações.

Essas estacas são basicamente compostos de uma Seção Guia com três a seis hélices helicoidais de diâmetros de 10″ a 14″, soldadas em tubo de 4″ (101,60 mm) a 8 polegadas de diâmetro e conectados às Extensões lisas, de tubos de mesmo diâmetro, cuja função é simplesmente encaminhar a seção guia até a profundidade necessária e suficiente.

As Características principais dos componentes metálicos das estacas Helicoidais são:

  • Tubos: Seções Guia e Extensões: Tubos de 101,6 x 8,08 mm em aço ASTM A501, A53 GRB SCH80 ou VMB-300 COR.
  • Hélices: Chapa de aço ASTM A36 ou SAC 41 fornecida pela USIMINAS, com espessura de 12,7 ou 14,0 mm , diâmetro de 10″, 12″ e 14″, passo 95 mm e furo central de 107,95 mm de diâmetro.
  • Luvas: Tubos de 127 x 11 mm em aço ASTM A501, A53 GRB SCH80 ou VMB-300 COR, com comprimento de 330 mm ou sistema ponta/bolsa, com os mesmos tipos de aço dos tubos acima descritos.
  • Proteção contra Corrosão em solos muito agressivos

Visando o desgaste natural proveniente de corrosões, a NBR 6122 exige que estacas metálicas enterradas tenham uma espessura adicional de 1,5 mm em toda a sua superfície que esteja em contato com o solo.

Quando inteiramente enterradas em terreno natural, as estacas de aço dispensam tratamento especial. Em trecho desenterrado ou imerso em meio capaz de atacar o aço, é obrigatória a proteção com enchimento de concreto ou outro recurso como pintura a base de resina epoxi, proteção catódica etc.

Estaca de Concreto Pré-Moldado

As estacas pré-moldadas podem ser de concreto armado ou protendido, vibrado ou centrifugado, e concretadas em fôrmas horizontais ou verticais. Podem ser também constituídas por outros elementos estruturais, como madeira, aço, etc.

As estacas de concreto pré-moldado são fabricadas previamente e transportadas prontas para o local de enterramento. Quando forem usadas já estarão com o concreto perfeitamente curado. São mais resistentes e duráveis que as estacas de madeira. É uma solução para terrenos com lençol freático e para argila orgânica, muito mole. Conforme citado as estacas vêm prontas e são cravadas por um bate-estacas,

As Estacas Pré-Moldadas de concreto devem ser executadas com concreto adequado e submetidas à cura necessária para que possuam resistência compatível com os esforços decorrentes do transporte, manuseio e da instalação, bem como resistência a eventuais solos agressivos, atendendo às normas NBR 6118 e NBR 9062. Em cada estaca deve constar a identificação da data de sua moldagem.

As Estacas Pré-Moldadas caracterizam-se por serem cravadas no terreno por percussão (cravadas por meio de bate estacas.
Posicionamento:
A estaca deve ser levantada e posicionada no piquete correspondente a seu diâmetro. Nesse momento é inserido o capacete metálico na extremidade superior da peça.
Prumo:
O procedimento obedece à seguinte ordem: primeiro, a torre do bate-estacas é aprumada, em seguida, apruma-se a estaca. Os prumos das faces frontal e lateral devem ser verificados.

Cravação:
A energia de cravação depende do peso do martelo, do peso da estaca e da altura de queda do martelo. No processo de cravação de uma estaca, os dois primeiros fatores são constantes. A única variável, a altura de queda do martelo, não deve ser inferior a 40 cm nem superior a 1,20 m.

Nega:
Quando o elemento atinge a profundidade para a qual foi projetado, verifica-se a nega da estaca, (Nega é a Penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação de um golpe do pilão. Em geral é medida por uma série de dez golpes. Ao ser fixada ou fornecida, deve ser sempre acompanhada do peso do pilão e da altura de queda ou da energia de cravação – martelo automático).Trata-se da medição do deslocamento da peça durante três séries de dez golpes de martelo. Com base nesses dados, o técnico responsável poderá avaliar rapidamente se a estaca está atendendo à capacidade de carga de trabalho necessária para o atendimento do projeto.

As estacas de concreto podem ser confeccionadas com concreto adensado por centrifugação, ou vibração. Os perfis se apresentam nas mais variadas configurações, e podem ter as dimensões desde 16×16 cm até 35×35 cm, de 3 a 12 metros de comprimento.

De todos os materiais de construção, o concreto é um dos que melhor se presta à confecção de estacas. As estacas pré-moldadas são submetidas a um rígido controle de qualidade, com Prova de Cargas por Nega e Repique, que é acompanhada por um técnico responsável. Este procedimento garante perfeito acabamento desde a confecção até cravação da estaca.

As estacas são confeccionadas em concreto (fck=30MPa) protendido (aço de protenção CP 175RB: fyk=1750MPa, 4xØ5mm, com estribo tipo espiral CA60 Ø3.4 mm), adensado por vibração. A seção da estaca é octogonal, proporcionando área e perímetro que permitem trabalhar com margem de segurança. As emendas são soldadas, permitindo maior união entre os elementos das estacas.

Estacas Strauss

Estacas Strauss são elementos de fundação profunda, escavadas com o emprego de uma sonda, tendo seu diâmetro definido por uma camisa metálica recuperada que cravada em toda a sua profundidade, garante a estabilidade da perfuração e as condições de concretagem, sem que ocorra mistura com o solo. Atende faixas de cargas de 200 Kn a 550 Kn e quando armadas, podem ser submetidas a esforços de tração ou não axiais.

É recomendada para casos em que a fundação deve ser profunda (até 20 metros) e os terrenos, secos. Um tripé com um tubo metálico perfura o solo até a profundidade definida pelo projeto, e o furo é preenchido com concreto.

As vantagens de sua utilização são:

  • Ausência de trepidações e vibrações em prédios vizinhos;
  • Facilidade de locomoção dentro da obra; e
  • Possibilidade de verificar, durante a perfuração, a presença de corpos estranhos ou mutações no solo, permitindo a mudança de locação da concretagem

A estaca Strauss apresenta vantagem de leveza e simplicidade do equipamento que emprega, o que possibilita a sua utilização em locais confinados, em terrenos acidentados ou ainda no interior de construções existentes, com o pé direito reduzido. Outra vantagem operacional é de o processo não causa vibrações que poderiam provocar danos nas edificações vizinhas ou instalações que se encontrem em situação relativamente precária.

Como característica principal, o sistema de execução usa revestimento metálico recuperável, de ponta aberta, para permitir a escavação do solo, podendo ser em solo seco ou abaixo do nível d’água, executando-se estacas em concreto simples ou armado.

O Processo executivo das estacas Strauss consiste em enterrar um tubo de aço no solo com um pequeno bate-estaca. Enterrado o tubo, este vai sendo retirado ao mesmo tempo em que se vai enchendo o orifício com concreto, o qual é batido com um pilão para melhor adensamento. Deve ser feito por pessoas experientes para que não cause falhas no concreto, que certamente não serão vistas, mas reduzirão a resistência do solo.

Estaca Simplex

Também confeccionadas no local, são outro tipo de estaca de concreto fundida no solo com o auxílio de um tubo de aço.

O método consiste em cravar no solo um tubo de aço com uma ponta de concreto pré-moldado, batendo com um bate-estaca. Em seguida, o tubo é cheio com um concreto bem plástico, em seguida o tubo vai sendo retirado, deixando a estaca de concreto no solo.

Neste tipo de estaca a descida do tubo é feita por cravação e não por perfuração como é feita na estaca Strauss. Este tubo é espesso e provido de uma ponteira metálica (recuperável) ou elemento pré-moldado de concreto (perdido na concretagem), para impedir a entrada de solo no interior do tubo.

Durante a descida do tubo, utilizamos um pequeno peso, servindo de sonda, que fica suspenso dentro do molde por uma roldana presa ao topo do mesmo. Desta maneira, temos um modo de verificar, se a ponteira de concreto permanece intacta, durante a cravação.

Alcançada a profundidade desejada, enche-se o tubo até o topo com concreto plástico e, por um movimento lento, mas contínuo, arranca-se de uma só vez o tubo inteiro e a ponteira metálica.

Estacas Mega ou Prensada

Este tipo de estacas é indicado para recuperação de estruturas que sofreram algum tipo de recalque ou dano ou para reforço de embasamento nos casos em que se deseje aumentar a carga sobre a fundação existente. Na sua execução é usado pessoal e equipamento especializados e utilizam módulos de estacas pré-moldados sendo sua cravação conseguida por reação da estrutura existente.

A estaca Mega é constituída por tubos de concreto simples ou armado, vazados (módulos extensores em formato de tubo, ou seja oco por dentro, com encaixes, de modo que fiquem bem travados) e de uma ponta que pode ser em aço ou, mais freqüente, de concreto pré-moldado e por. A solidarização é conseguida, após atingir a nega (por reação), colocando-se a armadura e concretando-se na parte oca da estaca, deixando esperas. Por fim é conveniente executar um bloco de coroamento logo acima de um travesseiro, para solidarizar a estrutura a ser reforçada com a estaca prensada colocada.

A reação de cravação é obtida contra as fundações existentes, monitorada por equipamento de precisão, ajustado a um manômetro de controle de pressão. Após ser atingida a reação máxima permitida, por baixo das fundações existentes é colocado um cabeçote de concreto armado,  ajustado aos elementos de fundação existentes por meio de cunhas de concreto simples de modo a permitir que a estaca nova entre em carga imediatamente após a retirada do macaco.

As estacas Mega de concreto armado no diâmetro antes indicado, tem capacidade de carga limitada a 50tf enquanto que as estacas Mega metálicas ficam sem limitação específica, senão à característica do perfil de aço adotado.
A estaca mega apresenta as seguintes características

  • Possibilidade de substituição das fundações existentes simultâneas ao uso da edificação.
  • Acréscimo da capacidade suporte das fundações existentes.
  • Modificação parcial de fundações existentes em virtude de uma eventual deficiência localizada (recalques diferenciais).
  • Execução em locais pequenos e de difícil acesso a pessoas e equipamentos.
  • Isenção de vibrações durante a cravação, reduzindo os riscos de uma eventual instabilidade que por ventura venha a ocorrer, devido à precariedade de fundações existentes.
  • Aumento imediato da segurança da obra após a cravação sucessiva de cada estaca Mega.
  • Limpeza da obra durante a execução, sem adição de água ou formação de lama.

Estacas Brocas

A estaca broca possui um trado escava um furo, a ser preenchido com concreto, na terra até encontrar solo firme. O trado manual só alcança 4m, mas o mecanizado atinge grandes profundidades. Não é indicada quando há lençol de água.

Estas estacas são executadas por uma ferramenta simples denominada broca (trado de concha ou helicoidal – um tipo de saca rolha), que pode atingir até 6 metros de profundidade, com diâmetro variando entre 15 a 25 cm, sendo aceitáveis para pequenas cargas, ou seja, de 50 kN a 100 kN (kilo Newton). Recomenda-se que sejam executadas estacas somente acima do nível do lençol freático, para evitar o risco de estrangulamento do fuste. Devido ao esforço de escavação exigido são necessárias duas pessoas para o trabalho.

O espaçamento entre as estacas brocas numa edificação não pode ultrapassar 4 metros e devem ser colocadas nas interseções das paredes e de forma eqüidistante ao longo das paredes desde que menor ou igual ao espaçamento máximo permitido.

O processo para execução de estacas brocas é feito por Escavação ou perfuração: utilizando trado manual (tipo concha ou helicoidal), usando de água para facilitar a perfuração. A preparação corresponde ao alcance da profundidade máxima, apiloamento do fundo, executando um pequeno bulbo com pedra britada 2 ou 3, com um pilão metálico.  A concretagem preenche todo o furo com concreto, promovendo o adequado adensamento, tomando cuidados especiais para não contaminar o concreto (utilizar uma chapa de compensado com furo para o lançamento do concreto para proteger a boca do furo). É feita a colocação das esperas e feito o acabamento na cota de arrasamento desejada, fixando os arranques para os baldrames.

As estacas brocas podem ser agrupadas duas a duas, dependendo da carga a ser distribuída, e executando-se pequenos blocos de concreto armado. De qualquer forma, as estacas brocas deverão ser solidarizadas por meio das vigas baldrames, evitando deixar estacas isoladas sem amarração com as vigas.

Estacão

Com uso crescente na construção civil em função de sua rapidez, a estacão (uma derivação das estacas brocas) tem o processo de perfuração executado por meio de escavadeiras hidráulicas equipadas com trados de diâmetro de 25 cm. São estacas circulares com diâmetro variando, usualmente, de 0,60m até 2,00m, perfuradas por rotação.

A concretagem preenche todo o furo com concreto, promovendo o adequado adensamento, tomando cuidados especiais para não contaminar o concreto (utilizar uma chapa de compensado com furo para o lançamento do concreto para proteger a boca do furo).

Estacas de grande diâmetro são estacas escavadas, moldadas in loco, de grande diâmetro, cujos furos são estabilizados através da introdução progressiva de lama bentonítica. A escavação é processada por trado mecânico dentro das bitolas estabelecidas no projeto. O uso da lama bentonítica tem como objetivo a estabilização de furo pela tixotropia que aumenta a resistência das paredes e pelo equilíbrio do empuxo d’água devido ao lençol freático.

As estacas escavadas com lama bentonítica, como é o caso do estacão, têm sido utilizadas com vantagem em substituição a outros tipos de fundações, principalmente quando as cargas a serem transmitidas ao terreno são altas e as profundidades a serem atingidas elevadas.

Nos Estacões a parede guia de concreto é substituída por uma “camisa” metálica circular com cerca de 1,50m de altura que é cravada no terreno.

Para instalação das “camisas” metálicas é recomendável executar-se manualmente uma escavação prévia com no mínimo 0,50m de profundidade.

Barretes

A estaca barrete, devido à sua forma retangular, possui uma área lateral maior que uma estaca circular com uma mesma área de secção transversal, podendo, portanto ser mais curta que esta para uma mesma carga vertical.

A associação de estacas barretes em estacas de formas variadas, que se ajustam melhor a superestrutura e permitem suportar cargas mais elevadas, conduz a blocos de capeamento menores e portanto mais econômicos.

O controle da verticalidade nas estacas escavadas é de grande importância, pois normalmente as estacas escavadas tem “arrazamentos” profundos (3,5m para 1 subsolo, 7,00m para 2 subsolos, 12m para 4 subsolos). Desaprumos nas estacas escavadas podem acarretar, principalmente em “arrazamentos” profundos, excentricidades de tal ordem que a utilização de vigas de equilíbrio se torna imprescindível.

Em casos de “arrazamentos” profundos é aconselhável armar as estacas para poderem absorver momentos provocados por pequenas excentricidades.

Nas estacas escavadas é possível implantar perfis para servirem de fundação provisória para as lajes dos subsolos ou até mesmo de alguns pavimentos no caso de se adotar o método da construção simultânea dos subsolos (método invertido) e dos pisos superiores antes da conclusão dos serviços de fundação.

Durante a execução das estacas escavadas é possível um perfeito reconhecimento das camadas de solos atravessadas e uma comparação com as sondagens realizadas.

Perfuratrizes hidráulicas com torque elevado, equipadas com “pull down”, hastes com bloqueio e caçambas especiais são capazes de escavar alteração de rocha dura e até mesmo rochas brandas.

Estaca Omega

A estaca Omega é uma estaca de concreto moldada “in loco”, com ausência total de vibração ou distúrbios durante a execução e sem a retirada do solo da escavação comportando-se como uma estaca de deslocamento.

O princípio da estaca Omega é baseado na forma do trado de perfuração, com o
diâmetro e passo da hélice espiral aumentados progressivamente, de forma a utilizar a mínima energia necessária   ( torque), para deslocar e compactar lateralmente o terreno.

Não há nenhuma limitação teórica para os diâmetros do trado ômega, contanto que, haja quantidade de energia disponível (torque) para cravar o trado no terreno.

No que se refere à profundidade, é possível executar estacas de até 28m de profundidade, dependendo do tipo de solo e do equipamento, torque e diâmetros a serem utilizados. 

Estacas Franki

Estas estacas abrangem a faixa de carga de 500 a 1700 kN e seu progresso executivo que consiste na cravação de um tubo com ponta fechada e execução de base alargada, causando muita vibração, podendo provocar danos nas construções vizinhas.

O processo executivo da estaca tipo Franki tradicional consiste em cravar no terreno, por meio de um pesado maço de bate-estacas, um tubo com a ponta fechada por uma “bucha” (tampão) de brita e areia, para impedir a entrada d’água e solo no interior do tubo, que é arrastado e obrigado a penetrar no terreno socado com energia por um pilão de queda livre, que arrasta o tubo por atrito, obtendo-se ao final da cravação uma forma absolutamente estanque.

Ao atingir a profundidade estimada, o tubo é levantado ligeiramente e mantido imóvel pelos cabos do bate-estacas, expulsando-se a bucha através de golpes de pilão, tomando-se o cuidado de deixar no tubo uma certa quantidade de bucha para garantir a estanqueidade. Nesta fase, introduz-se concreto seco sob golpes de pilão formando no terreno a base alargada.

Logo após lançam-se novas quantidades de concreto que se apiloam ao mesmo tempo em que se efetua a retirada parcial do tubo, elevando de 20 a 30 cm de cada vez.

Ao contrário das estacas pré-moldadas, estas estacas são recomendadas para o caso de a camada resistente encontra-se a profundidade variáveis. Também no caso de terrenos com pedregulhos ou pequenos matacões relativamente dispersos, pode-se utilizar esse tipo de estacas. A forma rugosa do fuste garante boa aderência ao solo (resistência por atrito). Havendo a ocorrência de camada de argila rija poderá haver deslocamento da estaca já concretada por compressão lateral. Nesse caso a solução é atravessar a camada de argila usando trado para evitar impactos.

A Armadura é constituída de barras longitudinais e estribo espiral soldado, mesmo que as solicitações a que a estaca venha a ser submetida não indiquem a sua necessidade, usa-se uma armadura mínima de ordem construtiva.

Uma vez colocada a armadura, concreta-se o fuste da estaca apiloando-se concreto seco em pequenas quantidades ao mesmo tempo em que o tubo é retirado do terreno, mantendo-se uma altura de concreto dentro do tubo, suficiente para impedir a entrada de água e do solo.

Em situações especiais pode-se cravar numa primeira etapa o tubo com a ponta aberta (tubo cravado com tração dos cabos do bate-estacas) e o solo no interior do tubo é retirado com auxílio de uma piteira.

Tubulões

É um tipo de fundação direta e profunda, utilizado em construções de grande porte, que consiste em um tubo de aço de grande diâmetro. Um homem trabalha em seu interior e vai cavando ao mesmo tempo em que o tubo vai descendo. Quando chega à profundidade desejada, a base é alargada e concretada, servindo para apoio de uma parte da estrutura.
Tubulões são indicados onde são necessárias fundações com alta capacidade de cargas (superiores a 500 kN) podendo ser executados acima do nível do lençol freático (escavação a céu aberto) ou até abaixo do nível de água (ambientes submersos), nos casos em que é possível bombear a água ou utilizar ar comprimido.

Seu método de execução leva em conta basicamente a compressão do solo na base do tubulão. O tubulão é empregado em locais de solo pouco resistentes ou que apresentam abundância de água. É empregado também para fundações dentro d’água como as fundações de pontes, como a Ponte Rio-Niteroi. A construção de um tubulão pode ser feita pelo método “a céu aberto” ou pelo método “a ar comprimido”.

Tubulão encamisado escavado a céu aberto:

Este tipo de tubulão é o de execução mais simples e consiste na escavação manual de um poço com diâmetro variando de 0,70 a 1,20 metros, cujo emprego fica restrito a solos coesivos e acima de nível d’água. Na medida em que vai sendo escavado o tubo de concreto pré-moldado ou metálico vai descendo até a cota necessária, tem sua base alargada em forma de tronco de cone circular ou elíptico, sendo então totalmente preenchido de concreto simples ou armado.

No sistema chamado Chicago, a escavação é feita em etapas, manualmente, com pá, cortadeira e picareta, em profundidades que podem variar de 0,50 m para argilas moles até 2,00 m para argilas duras. As paredes são escoradas com pranchas verticais, ajustadas por meio de anéis de aço, escavando-se novas camadas, sucessivamente até atingir o solo resistente (cota de assentamento) onde é executado o alargamento da base (cebola) e após a liberação, preenche-se totalmente o poço com concreto.

Num outro sistema, chamado Gow, indicados para solos não coesivos, são usados cilindros telescópicos de aço, cravados por percussão, que revestem o poço escavado a pá e picareta. Atingida a cota desejada, faz-se o alargamento da base e, juntamente com a concretagem procede-se a retirada dos tubos. Tem como vantagem, sobre o tipo Chicago, pode ser executada abaixo do nível da água, desde que abaixo deste haja uma camada de argila que o tubo possa apoiar-se, permitindo o término da escavação antes que a água atravesse a camada de argila.

Para terrenos onde há muita água, tornam-se inviáveis todos os tipos de fundação citados anteriormente. São usadas, para este caso, estacas de tubulões pneumáticos. Consiste no uso de ar comprimido após a cravação do tubo antes da escavação de seu interior. A finalidade do ar comprimido é a de manter a água afastada através do aumento da pressão no interior do tubo.

Tubulão encamisado a ar comprimido (Tubulão Pneumático):

Quando a especificação para a execução do tubulão exige cotas de assentamento abaixo do lençol freático ou submerso a indicação é para a utilização de tubulões executados sob pressão hiperbárica (ar comprimido) a fim de expulsar a água e permitir a escavação manual ou com o uso de marteletes e até explosivos, se for o caso. Durante a fase de concretagem, também há necessidade de se manter a pressurização que é feita com os seguintes equipamentos: compressor de ar para fornecimento do ar comprimido, campânula (eclusa) ou câmara de equilíbrio de pressão, conjuntos de anéis de chapas de aço, anéis de concreto (tubos de concreto apropriados para tubulões), escada tipo marinheiro, guincho e baldes, marteletes a ar comprimido e ferramentas diversas.

Por se tratar de trabalho especial sob pressão hiperbárica (a ar comprimido) em ambiente considerado insalubre com alto risco de vida para os trabalhadores, só pode ser realizada por empresa registrada com pessoal especializado, usando técnicas e equipamentos especiais. O trabalho é de extrema responsabilidade e de muito risco.

O Ministério do Trabalho regulamenta as atividades sob condições hiperbáricas por meio do Anexo 6 da Norma Regulamentadora NR-15. O conjunto transforma-se em um sistema fechado, cujas portas, para entrada e saída de material, são abertas e fechadas de acordo com um código “Morse”, convencional, para evitar a perda da pressão. A descompressão é feita, gradativamente, após a conclusão da concretagem da estaca.

Hélice Contínua

A estaca hélice contínua é uma estaca de concreto moldado “in loco”, executado por meio de trado contínuo e injeção de concreto através da haste central do trado simultaneamente a sua retirada do terreno.

O Processo é executado mecanicamente por meio de trado contínuo ou segmentado, com injeção de concreto através da haste central interna do trado, executado simultaneamente com a sua retirada do solo. A perfuração consiste em fazer a hélice penetrar no terreno por meio de torque apropriado para vencer a sua resistência.

Suas operações são monitoradas através de computador instalado, conectado aos sensores de perfuração, injeção de concreto, velocidade de rotação e outros sensores. Os resultados do monitoramento são gráficos que representam fielmente a execução de cada estaca.

Esse tipo de estaca pode ser executada em terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não do lençol freático e atravessa camadas de solos resistentes com índices de STP`s acima de 50 dependendo do tipo de equipamento utilizado e não emite vibrações para terrenos vizinhos, tais como centros urbanos, próximo a estruturas existentes, escolas, hospitais e edifícios históricos, por não produzir distúrbios ou vibrações e de não causar descompressão do terreno. Em obras industriais e conjuntos habitacionais onde, em geral, há um grande número de estacas sem vibrações de diâmetros pela produtividade alcançada.

Sua produtividade é alta, com uma média de 20 estacas por dia, sendo finalizada na sua cota real de arrasamento. Sua locomoção é rápida, pois o equipamento é instalado sobre a estrutura de escavadeiras hidráulicas, sobre esteiras.
Alcançada a profundidade desejada, o concreto é bombeado através do tubo central, preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela hélice que é extraída do terreno sem girar ou girando lentamente no mesmo sentido da perfuração.

O preenchimento da estaca com concreto é normalmente executado até a superfície de trabalho sendo possível o seu arrastamento abaixo da superfície do terreno guardadas as precauções quanto a estabilidade do furo no trecho não concretado e a colocação da armação.

O método de execução da estaca hélice contínua exige a colocação da armação após a sua concretagem. A armação, em forma de gaiola, é introduzida na estaca por gravidade ou com o auxílio de um pilão de pequena carga ou vibrador.

É indicada para obras de médio porte, onde normalmente se incluem construções residenciais, comerciais e industriais, o principal atrativo da estaca hélice esta na produtividade. A velocidade de perfuração pode produzir de 200 a 400 m por dia, dependendo do diâmetro da hélice, da profundidade e da resistência do terreno. Isso porque após a escavação do solo – processo executado com pouca vibração – o trado helicoidal é retirado na medida em que o concreto é injetado, evitando desconfinamento do solo.

Para monitorar a execução, o sistema dispõe de medidor digital instalado na cabine de operação do equipamento. Esse computador de bordo, embora não exclua os ensaios de verificação exigidos pela norma técnica, permite acompanhar, por exemplo, o volume de concreto injetado, o torque e a velocidade de escavação, estabelecendo um controle da qualidade adicional

Outra característica da hélice contínua é permitir a execução em terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não do lençol freático, e atravessar camadas de solos resistentes com índices de SPT acima de 50, dependendo do tipo de equipamento. O sistema deve ser utilizado com cautela em solos de baixa consistência abaixo do nível da água, como argilas moles e areias fofas. Nessas situações, o controle do operador torna-se ainda mais fundamental, porque se ele puxa o trado antes que o concreto tenha ocupado todo o espaço, podem ocorrer desmoronamento parciais na parede da perfuração, e esses solos podem se misturar ao concreto. O resultado dessa mistura é a perda total da capacidade de suporte da estaca.

Atenção especial também deve ser dada para a trabalhabilidade do concreto, que não pode entupir bombas, muito menos perder suas características, mesmo após percorrer uma longa distância a longo do trado.

Estacas Raiz

Estaca raiz é uma estaca concretada “in-loco”, com concreto injetado localmente com ar comprimido através moldes e no topo do fuste, durante a remoção do revestimento. Considerada de pequeno diâmetro, elevada capacidade de carga baseada essencialmente na resistência por atrito lateral do terreno. Indicada para grande variedade de situações como locais de difícil acesso, reforço de fundações existentes, atualmente para fundações de novas pontes e viadutos, contenções de encostas, perfuração de solos com matacões e rochas, etc. São usadas pressões baixas, inferiores a 0,5 Mpa, para garantir a integridade da estaca.

Devido ao seu processo executivo a estaca raiz é uma estaca de argamassa armada, com fuste contínuo rugoso e armada ao longo de seu comprimento. Ela atende as especificações quanto à resistência da argamassa, interação ferro-argamassa, proteção e recobrimento da armadura, etc.

Podem ser executadas na vertical ou inclinadas, com limitação de pé direito ou da área de trabalho, devido às dimensões reduzidas do equipamento de perfuração. Aliando-se a isto, podemos salientar também: a alta produtividade obtida; a possibilidade de atravessar qualquer tipo de terreno inclusive rocha, matacão, concreto armado e alvenaria; a ausência de vibração; de descompressão do terreno e o baixo nível de poluição sonora.

É efetuado pelo sistema rotativo ou roto-percussivo, utilizando um tubo de revestimento em cuja extremidade é acoplada uma coroa de perfuração adequada às características geológicas da obra. No caso de ser necessário atravessar camadas de concreto, matacões ou rocha, utiliza-se martelo de fundo com “bits” acoplado a hastes com diâmetro inferior ao diâmetro interno do tubo de revestimento. Caso seja necessário dar continuidade à perfuração com revestimento, utiliza-se sapata para efetuar o alargamento do furo no material impenetrável.

O material proveniente da perfuração é eliminado continuamente pelo refluxo do fluído de perfuração através do interstício criado entre o tubo de revestimento e o solo, devido à diferença existente entre diâmetros (Ø coroa > Ø tubo), lubrificando ainda a coluna e facilitando a descida do tubo. Concluída a perfuração da estaca com a inclinação e profundidade previstas, procede-se à colocação da armadura que tem o comprimento do fuste da mesma.

A concretagem é efetuada sob pressão, rigorosamente controlada e variável entre 0,0 a 0,4 MPa (dependendo do tipo do solo), utilizando-se uma argamassa de elevada resistência, obtida pela mistura de areia peneirada e cimento, na proporção de 600 Kg de cimento para 1 m3 de areia, com fator água/cimento entre 0,4 a 0,6 considerando-se as características da areia empregada.

Inicialmente, coloca-se o tubo de concretagem até o fundo da perfuração lançando a argamassa de baixo para cima, garantindo-se a troca do fluído de perfuração pela argamassa. Estando toda perfuração preenchida com argamassa, coloca-se um tampão no topo do revestimento precedendo-se a retirada do mesmo com o emprego de um extrator hidráulico e, concomitantemente executa-se a injeção de ar comprimido que é controlado para evitar deformações excessivas do terreno, garantindo a integridade do fuste e também a perfeita aderência da estaca com terreno.

Resiste a carga de tração muito elevada o que a torna ideal no caso de fundação para torres de linha de transmissão até plataformas de petróleo, substituindo também os tirantes empregados em estrutura de contenção.

13. Periferia/ Distância à bens de terceiros:

Obter Planta de situação indicando os limites da obra e as distancias em relação a obras ou propriedades de terceiros:

Proximidades de interferências, tais como tubulações de água, gás e cabeamento elétricos de concessionárias na área do terreno da obra

14. Tipos de Contenção:

Parede Diafragma (Com ou sem Tirantes):

Perfís Metálicos de Contenção (Com ou sem Tirantes):

Outros (Especificar e Discriminar):

Definição de Contenção

A ação de contenção se dá pela transferência ao solo, do esforço horizontal ou subhorizontal imposto pela encosta. O muro transforma o esforço produzido pela encosta em um esforço vertical sobre o solo.

Para exercer a função de contenção a obra necessita:

a) que seu peso seja maior do que o esforço requisitado;

b) desenvolver com o solo uma força de atrito que impeça seu deslocamento/deslizamento; e

c) ser resistente à ruptura.

Muro de Arrimo:

Obra de contenção construída no pé de um talude para escorá-lo e evitar seu escorregamento. Também conhecido por “muro de gravidade”, estas obras atuam basicamente em função de seu peso. Quando os esforços desenvolvidos no maciço resultam em uma força cisalhante maior do que o peso do muro ocorre o deslizamento.

Para evitar que o muro faça um movimento de rotação sobre sua base, quando submetido a esforço, as seguintes medidas são adotadas.

  • Em muro de concreto armado, pode-se usar um perfil com pé em L, diminuindo seu peso e transferindo o esforço ao solo sem correr o risco de sua rotação ou tombamento;
  • Em muros com pouca resistência à ruptura, onde o volume maior é necessário, deve-se adotar um perfil trapezoidal, com a base mais larga, o que aumenta a força de atrito e abaixa o centro de gravidade, dificultando a rotação do muro sobre sua fundação.

Perfis Metálicos com Pranchões de Madeira

As paredes de contenção constituídas de perfis metálicos e pranchões de madeira são as mais comuns de serem utilizadas em obras de contenção. A Figura 2 mostra um esquema dessas paredes.

Elas consistem basicamente em perfis metálicos (padrão I, CS, etc.) cravados no terreno ou colocados em pré-furos, espaçados a uma distância compatível com as características dos perfis que estão sendo utilizados e com o terreno que será contido. O vão entre perfis metálicos é contido através da colocação de pranchas de madeira.

Os espaçamentos usuais entre perfis variam de 1,0 m a 2,0 m e são função das características do subsolo do local, das edificações lindeiras, etc.

Nos casos em que a parede de contenção é provisória, os perfis metálicos normalmente são recuperados, exceto no caso em que foram colocados em pré-furos concretados, tornando-se impossível a sua retirada.

A execução deste tipo de parede de contenção consiste na cravação dos perfis metálicos no terreno, previamente à escavação do solo. Em casos especiais, quando se deseja minimizar problemas com as edificações lindeiras devido à vibração durante a cravação, ou quando o subsolo apresenta-se com camadas muito compactas ou com elementos que impeçam a cravação dos perfis (por exemplo, matacões), eles podem ser instalados em pré-furos.

Concluída a instalação dos perfis no terreno, inicia-se a escavação do solo, com a instalação dos pranchões de madeira entre os perfis. Normalmente, os pranchões são encunhados contra os perfis para minimizar deslocamentos no maciço.

Tirantes

A implantação de atirantamento em solo prevê a seqüência das seguintes etapas de execução: perfuração, montagem e instalação, injeção e protensão. Os tirantes são usados quando uma “cortina” de contenção, seja ela de concreto armado, projetado, parede diafragma ou perfis metálicos cravados, necessite de ancoramento em solo firme após a curva de ruptura do solo.

Os tirantes podem ser classificados como:
- Ativos: Quando há carga de protenção após injeção da calda de cimento;

- Passivos: sem carga de protenção.

Com a finalidade de contenção de taludes, o uso de estacas combinado com tirantes protendidos é uma ótima solução para executar cortes e aterros em zonas de difícil estabilidade.

Em geral os tirantes são constituídos de fios, barras ou cordoalhas de aço firmemente ancorados num maciço profundo. Posteriormente, caso o atirantamento seja definitivo é feita a protensão e a injeção com tratamento contra corrosão. A perfuração é feita com equipamento pneumático e o processo executivo depende da proteção que se deseja garantir.

Os principais campos de aplicação são:

  • Sustentação de paredes para escavações profundas
  • Contenção de taludes
  • Ancoragem de lajes para combater pressões de água
  • Fundações de linhas de transmissão

A técnica executiva normalmente empregada é a seguinte:

  • Perfuração do solo com sonda rotativa, ou rotopercurssão, com inclinação, diâmetros e cumprimentos de projeto.
  • Colocação dos cabos de ancoragens junto com os tubos de injeção, preparados normalmente na obra.
  • Injeções de nata de cimento, a pressões controladas, na parte mais profunda da ancoragem, chamada bulbo, para cimentar e criar no solo a devida resistência.
  • Colocação da cabeça de protensão.
  • Protensão dos cabos ou monobarras dos tirantes com macacos hidráulicos até a carga de projeto.
  • Caso necessário, pode-se providenciar novas protensões para compensar eventuais recalques do terreno em volta da área ativa.

Os tirantes podem ser provisórios ou definitivos, sendo o grande problema destes últimos a corrosão. Cuidados especiais devem ser adotados, entre os quais a protensão com pinturas anti-corrosivas

Concreto Projetado

O concreto projetado é uma técnica de contenção que consiste na aplicação de concreto bombeado e jateado na superfície do talude a ser contida.

O concreto projetado é uma técnica recomendada para proteção superficial do talude, concomitantemente com as técnicas de solo grampeado, tirantes, recuperação de fachadas entre outras.
Para realizar o concreto projetado existem duas vias de projeção: Via Seca e Via Úmida. No caso de via seca o concreto é bombeado a seco e injeção de água se da no cabeçote do mangote de projeção. Na via Úmida o concreto é bombeado já usinado.

Existem prós e contras entre os dois processos, porém, o mais utilizado é a via seca devido ao menor custo operacional.

Solo Grampeado

Solo Grampeado é um método de contenção e reforço de taludes. O processo consiste em escavação do solo na face desejada, execução de chumbadores (Grampos/Nails), a projeção de concreto e a instalação de drenos

Cortina Atirantada

A cortina atirantada é uma técnica de contenção que consiste na execução de uma “cortina” de contenção, seja ela de concreto armado, projetado, parede diafragma ou perfis metálicos cravados, concomitantemente com a perfuração, aplicação, injeção e protenção dos tirantes. Este tipo de contenção, cortina atirantada, pode ser de caráter provisório (subsolos) ou definitivo.
A cortina atirantada é uma técnica recomendada para cortes em terrenos com grande carga a ser contida ou solo que apresenta pouca resistência á sua estabilidade.
O processo de execução segue o sentido descendente, respeitando a retirada do solo em etapas, a fim de não por em risco a estabilidade do solo. No caso de perfis metálicos, a inserção de tirantes dá-se após o cravamento dos mesmos e escoramento (metálico madeira ou formas de concreto).
O Atirantamento é o Processo dividido em quatro etapas: Perfuração, instalação dos tirantes (monobarra ou cordoalha de aço), injeção da nata de cimento e protenção dos tirantes.

Paredes diafragma

São paredes de contenção verticais executadas em argamassa ou concreto simples ou armado podendo ainda servir de suporte de cargas e como camada de impermeabilização. As paredes executadas com mistura de argila e cimento são diafragmas flexíveis e as executadas em concreto são diafragmas rígidos. Embora tecnicamente simples, o processo utiliza pessoal, equipamentos e materiais especializados. A escavação é feita por uma escavadeira de esteira equipada com Clamshell ou um trado batilon. Para impedir o desabamento das paredes da escavação é utilizado uma suspensão estabilizadora aquosa de argila bentonita, conhecida por lama bentonita, que ficará protegendo contra desabamentos até a concretagem.

Estacas de Contenção

São estruturas de embasamento executadas em caráter preventivo contra desmoronamentos provocados, principalmente pela ação da água, por sobrecarga e/ou vibração de equipamentos próximos a trabalhos de abertura de valas, poços, escavação etc. Essas estruturas podem ser provisórias, ou seja, que são retiradas depois de cumprirem com os objetivos estabelecidos ou definitivos, que são incorporadas à obra fazendo parte da estrutura de sustentação ou como elemento de contenção definitivo.

Outro aspecto importante a considerar é a proteção aos edifícios vizinhos e aos logradouros públicos (calçadas e ruas) próximos a local onde será necessário escavar. Além das obras de contenção, eventualmente, é prudente contratar seguros para as instalações ameaçadas. O mais importante é nunca iniciar uma obra sem ter absoluto controle sobre as conseqüências das escavações.

Bermas

Outro tipo de proteção de taludes escavados quando não é viável a utilização de escoramento é a execução de patamares horizontais intercalados nos taludes inclinados chamados de bermas. Esse recurso é muito utilizado em obras rodoviárias, mas pode ser empregado em obras urbanas. O cuidado a ser adotado na execução das bermas e taludes livres é a com o adequado destino das águas superficiais ou que afloram nos taludes por meio de canaletas e coletores (drenagem) e a proteção por meio de plantio de grama ou vegetação apropriada.

Estacas Pranchas

As estacas pranchas apresentam campo de atuação na execução de obras temporárias como valas para redes de água, esgoto e galerias, ou obras definitivas como contenções, arrimos de ponte e viadutos, canais à céu aberto, tapamentos e passagens urbanas rebaixadas.

As estacas pranchas são perfis que permitem o auto-acoplamento de várias peças sucessivas através de encaixes tipo “macho-fêmea”, são fornecidas com qualquer comprimento e apresentam maior rigidez e desempenho na cravação quando apresentam ondas ou saliências enrijecidas.

Podem ser combinadas com outras técnicas de contenção como pranchas de madeira, parede diafragma e apresentam as seguintes vantagens:

  • Elevado reaproveitamento
  • Obtenção de contenções impermeáveis
  • Execução rápida
  • Execução em obras temporárias e definitivas
  • Atingem grandes profundidades
  • Custo médio a alto

Apresentam as Seguintes Desvantagens:

  • Difícil cravação em locais com interferências no subsolo
  • Difícil transporte e iça mento em áreas urbanas congestionadas.

Escavação de Cavas de Contenção

As cavas normalmente são escavações localizadas necessárias a execução de uma determinada estrutura e/ou instalações de rede (água, esgoto, telefonia elétrica,…) que ficarão enterradas no solo.

Em função da profundidade a ser atingida, da composição do solo e da presença ou não do lençol freático, várias medidas vão sendo adotadas de modo a garantir a estabilidade das cavas e a segurança dos operários que estarão envolvidos no processo executivo.

Numa escavação rasa (até 2 metros) sem a presença do lençol freático e com um solo de média resistência (argila), normalmente são necessárias câmaras de trabalhos mínimas, com o corte do terreno sendo quase feito na vertical. Se o tipo de solo não suportar o corte do mesmo na vertical, o que normalmente ocorre na presença de areia, as cavas são feitas em forma de taludes (inclinados), o que alivia sensivelmente as tensões do solo.

Em profundidades maiores, como na implantação de grandes galerias ou na execução de prédios com até 2 subsolos, normalmente estas cavas passam a ter uma contenção composta por pranchas metálicas justapostas ou através de uma cortina composta por perfis metálicos cravados na vertical espaçados em torno de 1 metro fechadas por pranchas de madeira ou chapas metálicas.

Em cavas de grande profundidade e com a presença do lençol freático como ocorre em prédios com 3 a 4 subsolos ou nas construções do sistema metroviário nacional, as contenções das cavas têm sido normalmente resolvidas com o emprego de uma parede de concreto armado moldada no local, mais conhecida como parede diafragma.

Nestes casos é muito comum como complemento do sistema de contenção das cavas o emprego de tirantes provisórios ou definitivos, que funcionam basicamente o empuxo do solo de uma determinada cortina que passará a atuar a partir do início da escavação necessária.

Parede-diafragma com Estacas Secantes

A solução “parede-diafragma com estacas secantes” vem ganhando mercado, sendo uma concorrente direta da parede-diafragma executada com o auxílio da lama bentonítica. Tal fato se deve à sua grande versatilidade quando comparada com as técnicas tradicionais, por tratar-se de processo limpo, que envolve equipamentos de menor porte, além de penetrar em materiais de grande resistência tais como argila dura e rocha gnaisse A4. Sua execução segue a seguinte metodologia:

Perfuração:
O equipamento utilizado na execução da cortina de estacas secantes é uma perfuratriz de hélice contínua que possui um acessório na torre de perfuração, chamado “cabeça dupla”, que possibilita a execução de perfuração encostada na divisa e o recorte de peças de concreto.

A cabeça dupla é composta por um tubo de revestimento que gira no sentido anti-horário e um trado helicoidal que gira no sentido horário, de modo que o tubo de revestimento perfura e o trado helicoidal limpa a parte interna da perfuração. A ponta do tubo de revestimento é composta por aço-vídea que possibilita o recorte de peças de concreto.

Concretagem:
Faz parte do processo de execução o preenchimento das estacas com argamassa fluida pós-misturada de cimento e areia, fornecida por silos ou com argamassa proveniente de usina transportada por caminhão betoneira. A argamassa deve possuir slump mínimo de 27 cm ± 2 cm, slump flow de 32 cm ± 4 cm e o fck deve estar entre 18 MPa e 25 MPa.

Armação:
As primeiras estacas executadas na obra não devem ser armadas, ou seja, devem ser apenas preenchidas com argamassa. As peças devem ser implantadas deixando-se a previsão para a execução, em uma segunda etapa, de outras estacas entre as já preenchidas com argamassa. As estacas da segunda etapa devem recortar as estacas já preenchidas, de forma a promover a interação de toda a cortina. Essas estacas da segunda etapa receberão a armação necessária para suportar a solicitação dos empuxos à qual estarão expostas (veja figura 4A). Também é possível a utilização de perfis I de aço laminado para a estruturação das estacas (veja figura 4B) tornando a obra mais versátil e com custos bastante competitivos.

15. Movimentos de terra:

São entendidas como movimentos de terra as seguintes etapas de uma obra.

Escavações de terrenos para planificar o seu nível dentro do projetado da obra, possibilitar as obras de fundações e/ou de subsolos;

Colocação de aterros para planificar ou elevar o nível do terreno;

Remoção de taludes;

Desbaste de rochas;

  • Volume: Quantidade de terra em m³: a) escadavada; b) aterrada; e c) bota fora (desentulho)
  • Serviços de Escoramento: Conforme dados descritos no tópico Contenções
  • Profundidade Máxima: Profundidade escavada no solo para alcançar a cota desejada par assentar as fundações e pisos dos pavimentos e poços de elevadores.

16. Haverá Rebaixamento do lençol freático?

SIM NÃO

Descrever em caso afirmativo, conforme citado a seguir:

Por meio de Bombas:

Por meio de Ponteiras Filtrantes:

Vizinhança Próxima eventualmente afetada pelo Sistema de Rebaixamento de Lençol Fático:

17. Definição de Rebaixamento de Lençol Freáticos e Suas Conseqüências.

Normalmente no Brasil, empregam-se três tipos de esgotamento de água oriunda do lençol freático, que são os sistemas de esgotamento d’água localizado, com instalação de ponteiras filtrantes, e instalação de poços profundos.

Esgotamento Localizado:

Normalmente só é aplicado quando a profundidade da escavação atinge apenas os primeiros níveis do lençol freático, ou seja, o volume de água a ser retirado é pequeno. Neste sistema normalmente se empregam bombas de menor capacidade, que trabalham afogadas dentro de um reservatório ou escavação localizada mais abaixo do nível necessário de escavação que recebe as águas provenientes do lençol, através de valas criadas direcionadas ao local de instalação da bomba, e quando as águas surgem superficialmente, porém em quase toda a área escavada, normalmente são criadas valas menores que vão a direção de uma vala maior escavada no trecho central para só então ir a direção das bombas de esgotamento. Costuma-se chamar este formato de valas em escamas de peixe.

Ponteiras Filtrantes:

Normalmente é utilizado quando há necessidade de uma escavação maior, que fique abaixo do nível do lençol freático, normalmente o que ocorre em prédios com 2 a 3 subsolos ou galerias. Neste o funcionamento se dá através da captação de água por ponteiras filtrantes instaladas com média de 4 metros de profundidade e espaçadas em torno de 3 metros, interligadas por tubos coletores que levam toda água coletada até um tanque de decantação de areia e posteriormente à filtragem são direcionadas à rede de águas pluviais mais próximas, sendo necessário para isso à obtenção junto à prefeitura local de uma licença para o uso da galeria.

Poços Profundos:

Este sistema só é utilizado quando todos os demais não funcionam, ou seja, em obras que necessitam de uma grande profundidade de escavação em níveis bem abaixo do lençol freático e/ou em obras próximas ao mar, onde normalmente as pressões d’água são muito elevadas.

A captação das águas nos poços é feita por bombas com auto poder de vazão que ficam submersas nos poços e também são coletadas e direcionadas ás redes de águas pluviais ou uma outra área de escape quando possível, sendo com certeza os de maior custo de implantação e manutenção.

Então, instalamos bombas (muitas, se for o caso) que funcionando 24 horas por dia, jogarão para fora toda a água que minar das paredes da escavação.

Dessa maneira é possível trabalhar no “seco”.

Esse bombeamento de água de dentro de um buraco para fora é conhecido como Rebaixamento do Lençol Freático.

Efeitos do Rebaixamento do Lençol Freático.

Qualquer rebaixamento do lençol freático deve ser executado com muitos cuidados.

A maioria dos rebaixamentos é feito empregando-se bombas de grande profundidade que são instaladas em poços de diâmetro relativamente pequenos, coisa do tipo 10 centímetros. É feito uma fileira de bombas, a intervalos regulares, de forma a formar uma espécie de “cortina de bombas”.

Depois de alguns dias, o resultado é algo parecido com o apresentado a seguir:

  • A vegetação existente nas proximidades, em especial as árvores de porte, ficarão sem água nas suas raízes, podendo vir a secar.
  • O terreno em volta poderá sofrer um adensamento (afundamento).
  • Elementos estruturais apoiados diretamente no solo, como cimentados, baldrames, sapatas rasas e outros como jardins, guarita, churrasqueira, etc. poderão afundar devido ao ressecamento do terreno. Edificações de pequeno porte apoiadas sobre fundações diretas rasas também poderão sofrer recalques diferencias com o surgimento de muitas trincas ou mesmo vindo a desmoronar.
  • Em regiões em que há desníveis do terreno como terrenos inclinados, em aclive ou declive e particularmente em regiões baixas próximas a rios e córregos, o rebaixamento pode assumir proporções catastróficas inclusive com casas afundando para dentro do terreno.

18. Haverá utilização de explosivos?

SIM NÃO

Em caso afirmativo, Descrever conforme citado abaixo

A utilização de explosivos visa principalmente o desbaste de rochas não possíveis de serem fragmentados a frio, ou seja por meio de marteletes, fios adiamantadas e similares.

  • Deve ser acompanhado por Plano de Fogo, que se constitui de um roteiro com a descrição das medidas preventivas, para a segurança dos funcionários e vizinhos:
  • Local de guarda dos explosivos caso sejam estocados no local e sistemas de prevenção:
  • Verificar se há autorização do Ministério do exército quanto ao uso de explosivos:
  • Localização das áreas a serem desbastadas por meio de explosivos (Distancias em relação a vizinhos a trechos da obra já realizados e a alojamentos e almoxarifados da obra):

19. Informar se já se encontram executados parte dos trabalhos da obra:

SIM NÃO

Caso afirmativo obter os seguintes dados:

Informar a percentagem executada da obra, em termos físico e o desembolso realizado, em relação as metas globais da obra:

20. Informar se o período de testes será incluído no seguro (caso de Instalação e Montagem):

SIM. NÃO

Caso afirmativo determinar o período em que será efetuada a verificação das partes, elementos e linhas de produção do objeto, com carga total ou parcial, em condições normais ou simuladas de operação, incluindo o uso de  material de processo normal ou outros meios para simulação de carga, com ou sem obtenção do produto final.

Determinar o período sem obtenção do produto final:

Determinar o período com obtenção do produto final:

Período de Testes:

Prazo em dias, destacando as datas de início e final de testes, por equipamento

Testes a Frio:

Operação de funcionamento dos itens já realizados da obra, sem produção e sem emprego de equipamentos energizados:

Testes a Quente:

Operação de funcionamento dos itens realizados da obra, com produção (sem comercialização de produto) e com em emprego de equipamentos energizados

Importante -

Não deve ser considerado como teste o simples controle de eficiência de montagem de qualquer equipamento (teste individual) por período não superior a 08 (oito) horas.

21. Indicar quais os edifícios ou equipamentos que fazem parte dos bens a segurar, e que vão ser ocupados ou postos em operação para apoio a conclusão da obra.

Indicar os Bens concluídos da obra, seu valor unitário, localização e tipo de apoios que darão a obra:

22. Indicar outras propriedades (do Segurado ou não) que sejam vizinhas do local de risco:

Indicar a localização das Propriedades de Terceiros, Tipo, Estado de Conservação e Distancia em relação a obra:

Há Laudo cautelar do estado de conservação doas propriedades de terceiros mais próxima?

Indicar se há propriedades do segurado no interior da obra e sua localização e valor de reposição:

23. Prazo da Obra:

Data de início:

Data de término:

OBS.: Verificar se o prazo da obra está adequado ao prazo do cronograma físico e financeiro.

24. Condições De Armazenagem:

São realizadas vistorias na recepção dos materiais?

SIM NÃO

Identificar o local de armazenagem dos materiais da obra e seu tipo de construção:

Indicar o nome das pessoas que tem acesso ao Almoxarifado:

Verificar os registros (Laudos) dos materiais guardados no Almoxarifado:

Há fiação elétrica disposta irregularmente no interior do Almoxarifado?

Os laudos são registrados formalmente?

SIM NÃO

Descrever o local de armazenagem:

25. Sistema de proteção e prevenção de incêndios:

Fornecer detalhes sobre o equipamento de combate à incêndios durante o período de execução da obra:

Descrever quais os equipamentos de prevenção e combate à incêndios  estarão obrigatoriamente operando durante o período de testes das máquinas e/ou equipamentos:

Informar qual a distância que se encontra localizado o Corpo de Bombeiros mais próximo:

26. Importâncias Seguradas:

Obras Civis :

Infra-estrutura (Terraplanagem, Fundações, Bases de equipamentos e outros ): R$
Edifícios: R$
Custos de Transportes: R$
Outras despesas : R$
SUBTOTAL: R$
Taxa de administração % R$
SUBTOTAL R$
SOMA A R$

Instalação e Montagem :

Maquinas  e/ou Equipamentos: R$
Custo da Instalação: R$
Custos de Transportes: R$
Outras despesas: R$
SUBTOTAL: R$
Taxa de administração % R$
SUBTOTAL R$
SOMA B R$

Obras Temporárias :

Estruturas, Barracões , Andaimes e outros: R$
SOMA C R$

Total Da Importância Segurada:

(SOMA A + B + C): R$

27. Cronograma fisico-financeiro

Observar na sua elaboração os tópicos principias citados a seguir.

Obras Civis em Construção:

A- Infra-estruturas comuns:
Discriminar Valores em R$ Prazos Discriminar
Inicio Termino
Mobilização
Desenrocamento
Terraplenagem
Drenagem
Acessos
Urbanização
B-Edificios ( conforme plantas em anexo):
Discriminar Valores Em R$ Prazos No Pavtos. Vão
Infraestr. Superestrut. Inicio Termino Subsolo Superestrut. Maximo
C-Instalações Prediais  :
Discriminar Valores em R$ Prazos
Instalações Testes
Inicio Termino Inicio Termino
Ar Condicionado
Elétrica
Hidráulica
Elevadores
D-Trabalhos de Engenharia Civil :
Discriminar Valores em R$ Prazos Dados Complementares
Infraestrut. Superestrut. Inicio Termino

Instalação e Montagem :

Equipamentos Valores em R$ Prazos Prazos
Instalações Testes
Início Término Início Término

28. Coberturas adicionais desejadas:

Cobertura Cláusula Limite (R$)
Despesas extraordinárias 201
Tumultos 202
Manutenção Simples 203
Manutenção Ampla 204
Manutenção Garantida 205
Despesas de desentulho 206
Equipamentos móveis ou estacionários 207
Obras Concluídas 208
Risco do fabricante 209
Erro de projeto 210
Propriedades circunvizinhas 213
incluindo danos decorrentes de fundação
excluindo danos decorrentes de fundação
Afretamento de Aeronaves 214

O limite da cobertura de Manutenção (Simples e/ou Ampla) é sempre igual ao valor da importância segurada do total (item 10), subitem  10.4, excluída a SOMA C)

O limite da cobertura de Manutenção Garantia é sempre igual ao valor atribuído para Instalação e Montagem (item 10, subitem 10.2, SOMA B)

Discriminar os Equipamentos Móveis e/ou Estacionários que serão cobertos pelo seguro:

TIPO DE EQUIP. IDENTIFICAÇÃO MARCA ANO VALORES (R$)

Observações:

O limite da cobertura de Riscos do Fabricante é sempre igual ao valor atribuído para Instalação e Montagem (item 10, subitem 10.2, SOMA B).

O limite da cobertura de Erro de Projeto é sempre igual ao valor atribuído para Obra Civis em Construção (item 10, subitem 10.1, SOMA A).

29. Documentos a serem anexados a Ficha de Informações

Obras Civis: projeto arquitetônico (situação, plantas e cortes), relatório de sondagem e projeto de fundação;

Instalação e Montagem: projeto de instalação (layout, fluxograma de processo, etc…);

Contratos Da Obra;

Cronograma Físico Financeiro Detalhado E Atualizado;

Composição Dos Valores Referentes À Importância Segurada;